O Ministério das Finanças da Itália relatou que uma oferta do consórcio, que também inclui a empresa de investimentos Certares Management, surgiu como a mais adequada.
“Ao final das negociações exclusivas, acordos vinculantes serão assinados apenas se o resultado for totalmente satisfatório para os acionistas públicos”, disse o ministério em comunicado.
O consórcio superou uma oferta rival da MSC Mediterranean Shipping e da alemã Deutsche Lufthansa. Um porta-voz da Lufthansa disse que a companhia tomou nota da decisão do governo italiano.
“Nossa oferta conjunta com a MSC foi a melhor solução para a ITA, do nosso ponto de vista. Aparentemente, agora está sendo escolhido um caminho que permite maior influência do Estado e não prevê uma privatização completa da ITA”, disse o porta-voz.
A MSC não respondeu a um pedido de comentário.
A ITA Airways iniciou suas operações em outubro do ano passado com menos da metade da frota da Alitalia, por se concentrar em rotas rentáveis.
A Alitalia vinha dando prejuízo desde 2008. Em 2017, a companhia aérea perdeu o acesso aos mercados de crédito e o governo italiano interveio com empréstimos no valor de centenas de milhões de euros, colocando a Alitalia em um processo especial sob a lei italiana de falências.
Há meses, o governo Draghi procura um parceiro ou comprador para a ITA Airways em um esforço para reduzir a influência do Estado. Draghi disse durante uma entrevista coletiva no início deste mês que não “deixaria a questão da ITA Airways com um novo governo”, insistindo que encontraria um vencedor “em pouco tempo”.