Como resultado, a média móvel trimestral do ITE-Facamp ficou negativa em 1,2% nesta leitura.
No trimestre móvel encerrado em julho, a média era de queda de 0,7%.
Na comparação com agosto de 2020, o ITE-Facamp avançou 5,5%, abaixo do crescimento interanual de 9,3% observado no mês anterior.
No acumulado de 12 meses, o índice acelerou de 10,2% em julho para 10,4% nesta leitura.
Os pesquisadores do Núcleo de Estudos de Conjuntura (NEC) da Facamp afirmam que a desaceleração da atividade reflete incertezas em torno da economia. Segundo os analistas, a lenta recuperação da renda, o desabastecimento em cadeias produtivas e a desvalorização cambial têm comprometido as decisões de gasto das empresas, apesar do avanço da vacinação.
“Ainda que o setor de serviços se recupere no segundo semestre, o fraco desempenho da demanda e os choques de oferta podem promover a manutenção da tendência negativa do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, comprometendo as previsões de crescimento para 2021″, afirma o professor Saulo Abouchedid, em nota.
O indicador
Segundo o NEC-Facamp, o ITE tem um coeficiente de correlação (r) de 0,83 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), principal proxy mensal do PIB brasileiro, e uma antecedência de poucos dias em relação a este índice.
A correlação do ITE-Facamp com o PIB trimestral é de 0,79.
O ITE-Facamp mensal tem divulgação pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) sempre entre os dias 10 e 15 de cada mês.