Em discurso durante conferência em Frankfurt, na Alemanha, Lagarde explicou que a guerra representa um “risco significativo” ao crescimento da economia da zona do euro. Segundo ela, os europeus devem enfrentar inflação elevada e expansão econômica lenta, pelo menos no curto prazo. “Os principais riscos são através dos preços da energia e da confiança”, disse.
Ainda assim, a banqueira central destacou que houve uma melhora no cenário de inflacionário de médio prazo. Na visão dela, é “cada vez mais provável” que a inflação se estabilize na meta de 2%. “Essa foi a perspectiva que nos levou, em dezembro do ano passado, a começar a reduzir gradativamente o ritmo de nossas compras de ativos”, pontuou.
“Se necessário, podemos projetar e implementar novos instrumentos para garantir a transmissão da política monetária à medida que avançamos no caminho da normalização da política, como mostramos em muitas ocasiões no passado”, acrescentou.
Lagarde comentou ainda que a política fiscal pode amortecer os efeitos das tensões no Leste Europeu. Para ela, o quadro revelou a dependência econômica da Europa a “atores hostis”. “Deixamos claro que os reajustes futuros das taxas, quando vierem, serão graduais”, ressaltou.