Resumo da LIVE com especialistas – EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL – 09/10/2020
Com Alexandre Arci e Priscilla Sidoti
Para conferir a live, acesse o link
A missão de educar financeiramente os filhos é uma tarefa e tanto. Neste mês de outubro, a VaI Investir tem publicado em seu blog e nas redes sociais conteúdos exclusivos e especiais para os pais.
Na Live do Youtube no canal da Vai Investir, do dia 08 de outubro, especialistas em finanças e educação infantil apresentaram algumas lições importantes de educação financeira infantil que os pais devem ensinar aos filhos sobre dinheiro.
Com a intermediação do jornalista Thiago Goulart, o assessor financeiro Alexandre Arci e a head de planejamento patrimonial Priscila Sidoti, fizeram um descontraído bate papo com a participação ao vivo de pais e internautas.
As crianças vão errar, e isto é ótimo!
Ao começar a conversa pelas principais dificuldades que os pais encontram para falar de dinheiro com as crianças, a especialista Priscilla Sidoti ressalta:
“Temos que deixar que os nossos filhos tomem suas decisões sozinhos e arquem com as consequências delas, para que possam vivenciar uma experiência realista com o dinheiro”.
Um dos grandes desafios ao ensinar educação financeira para os filhos está na dificuldade dos pais de deixar que as crianças arquem com as consequências de suas próprias decisões.
É comum que os pais queiram proteger as crianças de todas as frustrações, mas ao fazerem isso, impedem o amadurecimento dos filhos.
Se os filhos gastam a mesada e te pedem mais, não ceda!
Precisamos deixar que as crianças cometam erros, e isto não se aplica só a educação financeira, mas também em outras áreas da vida. Quando damos mesada para as crianças, elas devem saber que é somente com este dinheiro que ela deve contar durante todo o mês.
Se a criança gastar toda a mesada do mês em uma única semana, então terá de ficar sem dinheiro até a data da próxima mesada. Segundo Sidoti, é fundamental que os filhos vivenciem estas “dores”, pois são importantes para tirar os filhos da ideia lúdica que fazem do dinheiro.
Embora haja algumas frustrações no caminho, a educação financeira pode ser também muito prazerosa. O especialista financeiro Alexandre Arci é entusiasta dos benefícios que as lições certas nos momentos certos podem trazer.
Bônus por boas escolhas! Incentive seus filhos a investir no longo prazo.
“Eu sou um excelente copatrocinador dos meus filhos. Eu faço o seguinte, todo o recurso que eles destinarem ao longo prazo, eu dobro o valor. Se ganham algum dinheiro da avó, por exemplo, e decidem guardar uma parte, então eu os parabenizo e multiplico o valor guardado”
O hábito de dar mesada para os filhos é visto como algo muito positivo entre os especialistas, sendo um dos consensos na área da educação financeira infantil. O assessor financeiro dar Valor Investimentos, Alexandre Arci, defende esta ideia com plena convicção. Ao criar estratégias de reforço para o bom comportamento dos filhos, Arci percebe que este comportamento se mantém por mais tempo.
É importante que os pequenos possam ver que as boas decisões dão bons frutos. Por isso, acrescentar um valor a mais ao dinheiro que as crianças reservam para o longo prazo é uma ótima lição.
Planejar por eles não é educação financeira.
Este é um dos erros mais comuns que os pais comentem. Ao criarem uma previdência para os filhos, imaginam que os estão educando financeiramente. Na verdade, estão apenas tranquilizando a si mesmos.
É claro que é importante investir no longo prazo pensando nas demandas futuras dos pequenos, como a faculdade ou um intercâmbio depois da maioridade. Mas a verdade é que estes sonhos são dos pais, e não dos filhos. Seja por motivo de proteção financeira ou para realizar um sonho, é necessário que os filhos participem destes planejamentos.
Perceba os indícios que os seus filhos dão de maturidade financeira
Existe uma hora certa de aumentar a mesada, ensinar sobre mercado financeiro, renda variável e etc. Mas esta hora certa chegará em momentos diferentes para cada criança.
“Na hora que você percebe que a criança está tendo uma relação com o dinheiro e está criando uma curiosidade – eles são curiosos – é a hora de entrar [com lições mais amplas em educação financeira]” – disse Sidoti, especialista em planejamento patrimonial.
Os filhos dão indícios de maturidade no comportamento de consumo. Não existe uma idade certa para falar de mercado financeiro, vai depender de como eles estão lidando com o dinheiro que recebem.
“Economizar” é igual regime, não funciona.
O assessor financeiro Alexandre Arci ressalta, nesta lição, que a ideia de economizar por economizar não é muito funcional. Tal como um regime que não vira reeducação alimentar, apenas economizar também não é educação financeira. O conceito ideal para a reserva de longo prazo é priorizar.
É preciso ter bem traçado o objetivo de cada ação que fazemos em relação às finanças. Quando estes objetivos não são uma prioridade, nossas ações rapidamente se esvaziam de sentido. Por isso, quando for ensinar sobre o hábito de poupar dinheiro, incentive que seus filhos tenham metas cada vez mais claras.
Ensine a gerar dinheiro
Os filhos menores de idade estão acostumados a conseguir dinheiro apenas recebendo dos pais. Isto é, sem que precisem gerar seu próprio dinheiro através da entrega de algum valor ou conhecimento. Todavia, sabemos que na vida adulta o dinheiro é sempre a consequência de um valor que entregamos para outros, seja na forma de um serviço, uma venda, consultoria ou mão de obra.
A passagem para a vida adulta precisa começar cedo, pois a maior parte do nosso tempo de vida se dá na adultez. Logo, você já pode começar a ensinar algumas lições sobre como fazer dinheiro. As crianças pequenas podem, por exemplo, fazer desenhos para vender para amiguinhos e membros das famílias. Ou então vender brinquedos que elas já não brincam mais.
Os adolescentes tem ainda mais opções, podendo até começar uma lojinha virtual com algo que tem interesse. Ou ainda iniciar um projeto de criação de conteúdo monetizado para redes sociais.
O importante é que não fiquem sempre na postura passiva em relação ao dinheiro, contando apenas e exclusivamente com a mesada no final do mês.
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