O resultado foi influenciado pelo aumento da sinistralidade em ramos da Porto Seguros, a vertical que passou a reunir os produtos de seguro da companhia após a reestruturação anunciada em abril. Sob influência deste fator, a sinistralidade total da Porto foi de 61% no período, um aumento de 10,5 pontos porcentuais em relação ao mesmo intervalo de 2021.
Também pesou o resultado financeiro da companhia, que caiu 63,3% em um ano, e ficou em R$ 149,8 milhões. Segundo a Porto, a rentabilidade de suas aplicações financeiras (ex-previdência) no primeiro trimestre foi de 83% do CDI, ante os 488% registrados no mesmo intervalo do ano passado.
O desempenho foi atribuído pela empresa ao desempenho de títulos indexados à inflação, e também às alocações em câmbio, denominadas em dólar, que se desvalorizou ante o real entre janeiro e março. A parcela das aplicações em renda variável, entretanto, apresentou contribuição positiva.
A receita total da companhia, entretanto, teve uma forte expansão desde o ano passado. Chegou a R$ 5,884 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 21,4% em bases anuais. Em relação ao quarto trimestre, porém, caiu 2,6%.
“O volume de negócios reportado no primeiro trimestre e o crescimento apresentando em relação ao mesmo período do ano anterior ratificam a relevância e o potencial de cada uma das novas marcas, que juntas totalizaram receita de R$ 5,88 bilhões, com a Porto Seguros apresentando crescimento de 16%, e a Porto Saúde, o Porto Seguro Bank e Serviços apresentando crescimentos ainda mais expressivos, superiores a 35%”, afirma a empresa em seu release que acompanha os resultados.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) da Porto foi de 7,5% no trimestre, queda de 5,9 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A queda no retorno em seguros, no Porto Seguro Bank e na vertical de serviços levou à baixa no indicador.