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Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta; mercado aguarda decisão do Fed

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Estadão Conteúdos

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, com investidores de olho na decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A instituição dos Estados Unidos deve anunciar a aceleração do processo de retirada de estímulos. Além disso, investidores reagiram à informação negativa de que a inflação ao consumidor no Reino Unido acelerou 5,1% na comparação anual de novembro.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,66%, aos 7.170,75 pontos. De acordo com Michael Hewson, analista da CMC Markets, os mercados europeus lutaram para obter ganhos nesta quarta, antes da decisão do Fed, “com a fraqueza de ações dos setores de energia, viagens e lazer pesando no Reino Unido”.

Ações da IAG e Antofagasta recuaram 5,10% e 5,39%, respectivamente. As petroleiras BP (-2%) e Royal Dutch Shell (-1,56%) também caíram. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,26%, aos 470,76 pontos.

Para Hewson, a leitura recorde do índice de inflação ao produtor (PPI) dos EUA de terça-feira definiu perfeitamente o cenário para que o “Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) tome a decisão de acelerar o ritmo do programa de redução gradual que começou no mês passado”.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,15%, aos 15.476,35 pontos. Já em Milão o índice FTSE MIB avançou 0,41%, aos 26.666,08 pontos. Em Paris, o índice CAC 40 ganhou 0,47%, aos 6.927,63 pontos, puxado por ações da Eurofins Scientific (+6,18%) e Hermes International (+2,53%).

Craig Erlam, analista da Oanda, destaca que a cautela é mais uma vez evidente nos mercados de ações na quarta-feira, apesar do movimento majoritário nas praças europeias. “Os bancos centrais têm pouca escolha a não ser começar a apertar a política monetária na maioria dos casos, à medida que a inflação continua a subir a níveis desconfortáveis, se generaliza e dá sinais de se tornar mais permanente. Além disso, a Ômicron representa uma ameaça maior e impõe restrições que pode atrasar o inevitável, mas não por muito tempo, pois os legisladores não podem se dar ao luxo de serem complacentes.”

Investidores também avaliam as decisões monetárias do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira. Erlam destaca que as probabilidades do Banco da Inglaterra de aumentar as taxas na quinta-feira aumentaram após os dados desta semana, embora a visão consensual permaneça de que irá se abster devido à quantidade significativa de incerteza que o Ômicron está criando à medida que as restrições são reimpostas.

Nas praças ibéricas, o PSI 20 fechou em queda de 0,27% em Lisboa, aos 5.429,42 pontos, e o madrilenho Ibex 35 caiu 1,24%, aos 8.275,00 pontos.