Segundo o IBGE, o maior impacto individual no IPCA-15 de julho veio do leite longa vida. O item acumula alta de 57,42% no ano e 51,69% em 12 meses. Além do leite longa vida, o item “Leite e derivados” também apresentou alta, de 11,43%, assim como os derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).
As recentes altas do preço do leite são explicadas pela menor oferta, segundo o “Boletim do Leite”, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP). O período da entressafra acontece entre o outono e o inverno e os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña na alimentação dos animais. O La Niña, que ocorreu no fim do ano passado, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC, o que causa impacto no regime de chuvas do Brasil.
O IPCA-15 teve ligeira alta de 0,13% em julho, abaixo do 0,69% de junho. Foi a menor variação desde junho de 2020, quando houve alta de apenas 0,02%. A desaceleração reforça a expectativa, demonstrada nas projeções de economistas, de IPCA negativo no balanço completo do mês. Só que o alívio na prévia de julho ficou concentrado nos combustíveis e na conta de luz. Os alimentos voltaram a ficar mais caro, com destaque para o leite e seus derivados.
Veja o ranking dos itens que tiveram maior aumento no IPCA-15 de julho:
1. Mamão: 22,48%
2. Leite longa vida: 22,27%
3. Pepino: 15,31%
4. Leite e derivados: 11,43%
5. Melancia: 10,71%
6. Maracujá: 9,91%
7. Banana d’água: 9,84%
8. Pera: 8,21%
9. Coentro: 8,20%
10. Carvão Vegetal: 8,18%
Quedas
A laranja-baía foi o item que apresentou maior redução de preço no IPCA-15 de julho, com queda de 22,16%. Em seguida, vêm o tomate (-19,42%) e a cenoura (-19,24%).