Na nota, o órgão ressalta que a coordenação do processo de transição é da Casa Civil. Segundo técnicos ouvidos nesta terça-feira pelo Broadcast, ainda não houve nenhuma determinação do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto, que aguardava o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre o resultado das eleições antes de seguir para a etapa de transição. Apesar disso, servidores já vinham se preparando por conta própria, compilando dados e documentos e já há “muita coisa organizada”.
Como mostrou o Broadcast, o ministro Paulo Guedes não deve participar pessoalmente do processo. Na passagem do governo de Michel Temer para o atual, o então ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, participou de diversas reuniões com o então futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
A função desta vez deverá ficará com o secretário-executivo da pasta, Marcelo Guaranys, e com o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, ambos servidores de carreira que também tiveram participações importantes em governos anteriores.
Guaranys foi diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos governos de Dilma e integrou a Casa Civil de Temer, enquanto Colnago chegou a ser ministro do Planejamento na reta final do governo do emedebista.
É importante lembrar ainda que, ao contrário de transições anteriores, Lula não precisará escolher um novo nome para o Banco Central, já que Roberto Campos Neto tem mandato até 2024, graças à lei de autonomia do BC aprovada no ano passado.