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Ministro anuncia que Arab Potash ampliará exportação de potássio ao Brasil

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Estadão Conteúdos

Durante visita à Jordânia, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, anunciou que a empresa jordaniana Arab Potash Company vai ampliar a exportação de potássio para o Brasil e abrir um escritório no País. A empresa é a oitava maior produtora de potássio do mundo em volume. O Brasil vem tentando diversificar importações de fertilizantes para se proteger contra riscos de fornecimento em decorrência do conflito Rússia-Ucrânia. A Rússia é a origem de 28,2% das importações brasileiras de cloreto de potássio (KCL), conforme levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a partir dos dados do Comexstat. A reportagem já havia antecipado que o foco da visita à Jordânia era aumentar o fornecimento de fertilizantes potássicos e fosfatados.

“Nesse próximo ano, estaremos recebendo em torno de 500 mil toneladas de potássio. E quem sabe, dentro de um espaço muito curto, em dois, três anos, nós receberemos 1,2 milhão de toneladas das mãos dessa empresa que tem uma qualidade impressionante”, disse o ministro da Agricultura, em vídeo repassado pelo órgão. “E o mais importante é que recebemos a notícia, depois da nossa visita aqui, que a empresa irá abrir um escritório no Brasil para as negociações ficarem mais próximas.”

O presidente da Arab Potash Company, Maen Nsour, disse que a visita do ministro é um indicativo da construção de uma relação estratégica de longo prazo entre o Brasil e a empresa. Na estimativa do executivo, entretanto, a empresa enviará ao Brasil perto de 320 mil toneladas de potássio granulado vermelho neste ano e ampliará esse volume para cerca de 500 mil toneladas em dois anos.

Segundo o executivo, a Arab Potash está investindo em projetos para ampliar a produção e tem “grandes planos” para o Brasil. “O mercado brasileiro é muito importante, não só porque queremos aumentar o nível das exportações jordanianas para ele, mas porque percebemos a importância que o Brasil desempenha na segurança alimentar da humanidade”, disse Maen Nsour. Ele disse que “muito em breve” a empresa terá escritório permanente no Brasil para estreitar o contato com os importadores brasileiros a fim de atender às exigências de volume, qualidade e distribuição do País.