Lula não citou eventuais nomes para um possível futuro governo, mas entre os cotados pelo setor para um eventual ministério em seu governo estão o deputado federal e ex-ministro da Agricultura do governo Dilma, Neri Geller (PP-MT), e o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT), que compõem o núcleo de interlocução da campanha petista com o setor produtivo. Em acenos de que escolherá como ministro alguém do setor, Lula citou os ex-ministros da Agricultura de sua gestão, Roberto Rodrigues e Reinhold Stephanes.
Na tentativa de acenar ao setor, que mostra preferência majoritária pelo presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e com o qual está estremecido, Lula disse ter muitos amigos no agronegócio e atribuiu as tensões a “pessoas menores” que “não querem se comportar com a seriedade que o mundo exige”. “Nós vamos conversar como brasileiros civilizados”, disse o ex-presidente sobre uma possível relação com o agro se voltar a comandar o País.
Lula declarou que a Alemanha não dará palpites na Amazônia, mas que a produção agrícola no País não pode ser feita de maneira equivocada em determinados biomas. “Em vez de derrubar mais matas, vamos recuperar terras degradadas”, declarou o ex-presidente. “A agricultura é um valor e um bem para esse País.”