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Moedas: dólar avança em meio a declarações do Fed e com China no radar

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta sexta-feira, 24, com investidores atentos ao noticiário sobre a endividada incorporadora Evergrande na China e também a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,78 ienes, o euro recuava a US$ 1,1718 e a libra tinha baixa a US$ 1,3669. O DXY teve ganho de 0,32%, a 93,327 pontos, com avanço de 0,14% na comparação semanal.

O dólar já subia no início do dia, e manteve o fôlego ao longo da sessão. No noticiário, foi informado que investidores globais com títulos em dólares da Evergrande não receberam um pagamento de juros previsto para ontem, em meio às dificuldades da empresa chinesa. O ING afirma em relatório que a história sobre a dívida da empresa “está longe de ser esclarecida” e diz que pode haver idas e vindas até uma reestruturação ser anunciada. O assunto e também a postura do Fed apoiam o dólar, acredita o banco, que chama a atenção também para a importância no mercado cambial da negociação em Washington para a elevação do teto da dívida nos EUA.

Entre os dirigentes do Fed, Esther George (Kansas City) afirmou hoje que sinalizar o fim da compra de ativos “em breve é algo apropriado, no contexto atual. Ela destacou que a inflação está “bem acima” da meta do BC americano. Loretta Mester (Cleveland), por sua vez, comentou que as compras de ativos pelo Fed não têm mais o mesmo efeito positivo do auge da pandemia, defendendo que o início da redução nas compras de bônus ocorra em novembro.

Já na agenda de indicadores, as vendas de moradias novas nos EUA avançaram 1,5% em agosto ante julho, mas frustraram a previsão dos analistas. Já na Alemanha, o índice Ifo de sentimento das empresas recuou em setembro, mas ficou acima do esperado.

Em linha similar ao ING, a Capital Economics afirma em relatório que os sinais do Fed e os riscos oriundos da China devem sustentar o dólar. A consultoria acredita que a agenda de indicadores da próxima semana é razoavelmente modesta, o que pode dar mais peso ao noticiário da China nos próximos dias.