Nesta sessão, o DXY fechou em baixa de 0,23%, a 99,062 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 115,66 ienes, o euro avançava a US$ 1,0907 e a libra caía a US$ 1,3097.
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a decisão de proibir a importação de petróleo e gás da Rússia. O Reino Unido, por sua vez, informou que encerrará as importações gradualmente até o fim deste ano. Já a União Europeia, cuja dependência do petróleo e gás russo é bem maior em comparação às regiões mencionadas, divulgou um plano para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis da Rússia “bem antes” de 2030.
Em relatório, o ING observa que, junto com a proximidade geográfica e a diferente correlação com o sentimento de risco, o aumento “desordenado” dos preços da energia é o que tem gerado uma grande divergência entre o dólar e a maioria das moedas europeias: os EUA são amplamente independentes na produção de energia, enquanto a Europa precisa muito mais de petróleo e gás russo. “Parece improvável que isso mude em breve, e não vemos razão para que essa divergência no mercado de câmbio deva ser invertida por enquanto”, prevê o banco holandês, “Uma mudança para 100,00 pontos no DXY parece plausível nos próximos dias”.
O ING menciona ainda que o aumento da volatilidade, o baixo desempenho de ações e a preocupação com a liquidez também contribuem para “empurrar” os investidores para a segurança do dólar. As especulações têm trazido “grandes flutuações intraday” nas negociações de muitas commodities, mesmo as que não estão ligadas à energia.
Neste cenário, o rublo russo já perdeu 40% de seu valor em relação ao dólar desde o início do ano. As transações com a divisa russa ficaram difíceis, segundo traders, uma vez que a Rússia impôs controles de capital com o intuito de dificultar as vendas, enquanto os bancos ocidentais não querem mais fechar negócios em rublo, dadas as atuais sanções.
Entre emergentes, o rand sul africano se fortaleceu ante rivais hoje. A agência de estatísticas do país informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul cresceu 1,2% no quarto trimestre de 2021 ante os três meses anteriores. Ainda assim, o PIB do país segue abaixo no nível pré-pandemia. Na zona do euro, o PIB em igual período subi u 0,3%, confirmou leitura final.
*Com informações da Dow Jones Newswires.