No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 114,02 ienes, o euro avançava a US$ 1,1607 e a libra tinha baixa a US$ 1,3663. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana contra seis pares, registrou baixa de 0,26%, a 93,879 pontos.
“A cautela antes de um quarteto de reuniões do banco central nesta semana freou a alta do dólar”, afirma o analista de mercados Joe Manimbo, da Western Union. Além do Fed e do BoE, os BCs da Austrália e da Noruega também decidem suas respectivas taxas de juros nos próximos dias.
Hoje, em um ambiente mais propício ao risco nos mercados internacionais, o euro se fortaleceu, mesmo após a divulgação das vendas do varejo da Alemanha, que recuaram 2,5% em setembro ante agosto, o que contrariou a estimativa de analistas, que previam crescimento. Nos EUA, os dados divulgados foram mistos.
Para o TD Securities, contudo, os eventos da semana devem reforçar as bases para uma tendência de alta do dólar, visão que também é compartilhada pelo Brown Brothers Harriman (BBH).
Manimbo, da Western Union, ressalta que a inflação “teimosamente alta” nos EUA tem gerado um risco maior de que o Fed eleve a taxa básica de juros em 2022. A “chave” para essa perspectiva, segundo o analista, será o relatório de empregos (payroll) americano referente a outubro, que sai na sexta-feira.
O Rabobank espera que o BoE anuncie já na reunião desta semana uma alta de 15 pontos-base na taxa básica de juros do Reino Unido. Em relação ao Fed, o banco holandês diz que provavelmente haverá por parte do presidente Jerome Powell uma tentativa de afastar temores de aperto monetário iminente.
“Embora tal resultado possa suavizar o dólar inicialmente, o Fed permanecerá mais hawkish que outros bancos centrais, como o BCE e BoJ. É provável que isso permita que o índice DXY se mantenha em alta”, afirma o Rabobank.