O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, caiu nesta quinta-feira, após o governo e a oposição dos Estados Unidos chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida, até dezembro. Houve maior propensão ao risco nos mercados em geral, o que tende a apoiar a venda de dólares, enquanto o euro não ficou distante da estabilidade, em meio a comunicações do Banco Central Europeu (BCE) e após um dado fraco da indústria da Alemanha.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,63 ienes, o euro recuava a US$ 1,1555 e a libra tinha alta a US$ 1,3618. O índice DXY caiu 0,05%, a 94,217 pontos.
O acordo anunciado sobre a elevação do teto da dívida retira do cenário de curto prazo a incerteza sobre um eventual default dos Estados Unidos. Isso fez o dólar dar uma pausa em ganhos recentes, de acordo com a Western Union.
Por outro lado, ela comentava em relatório que o dólar recebia algum apoio com a expectativa pela publicação nesta sexta-feira do payroll, que pode consolidar apostas de início em breve da redução nas compras de bônus pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Na Europa, a produção industrial da Alemanha recuou 4,0% em agosto ante julho, ante previsão de queda de 0,2%. A Pantheon cortou previsão para o crescimento do país no terceiro trimestre, após o dado. O BCE, por sua vez, publicou ata, na qual reafirma que a política monetária seguirá acomodatícia, mesmo após o fim do programa de compra de bônus emergencial em resposta à pandemia.
O euro, nesse quadro, ficou próximo da estabilidade. O Goldman Sachs destaca que a moeda comum tem caído “fortemente nas últimas semanas”, o que segundo o banco deve refletir uma série de fatores ligados ao choque inflacionário. Para o Goldman, o euro pode estar sofrendo de modo desproporcional um choque adverso na cadeia de oferta global. Ao longo dos próximos trimestres, ele projeta que a vacinação contra a covid-19 avançará mais, permitindo crescimento mais firme e queda na inflação, o que deve apoiar o euro.