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Moedas: índice DXY cai, pressionado por valorização do euro, libra e iene

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou hoje, pressionado pelo avanço da libra, euro e iene. A primeira subiu, em meio à expectativa pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que deve elevar juros, enquanto o euro foi impulsionado após divulgação da taxa de desemprego do bloco. Já o iene é favorecido pelo arrefecimento dos juros dos Treasuries, o que alivia o spread entre eles e os títulos japoneses.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 131,71 ienes, o euro subia a US$ 1,0262 e a libra tinha alta a US$ 1,2257. O DXY caiu 0,43%, a 105,450 pontos.

Para a Western Union, “o mantra atual nos mercados ainda é que más notícias são boas notícias, porque as expectativas de uma possível pausa no ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed) levaram os investidores a voltar para ativos mais arriscados e vender o dólar americano nos últimos dias”.

Por outro lado, o euro ampliou ganhos ante a divisa americana, após a divulgação da taxa de desemprego da zona do euro, que ficou estável em 6,6% em junho, como se previa. A Capital Economics acredita que o mercado de trabalho da zona do euro deve permanecer apertado mesmo com a economia entrando em recessão, o que manterá a pressão ascendente sobre o crescimento salarial e a inflação. O Goldman Sachs rebaixou ontem sua previsão de EUR/USD, com a casa agora esperando que o EUR/USD seja negociado abaixo da paridade nos próximos três meses e permaneça moderado pelo resto do ano, disse Michael Cahill da empresa em uma nota de pesquisa. “Nossos economistas agora esperam que a zona do euro esteja em recessão no segundo semestre, com riscos ainda inclinados para uma desaceleração mais severa”, diz Cahill.

A libra esterlina também se valorizou, dias antes da reunião monetária do BoE na próxima quinta-feira. “Os mercados estão precificando uma probabilidade de 86% de um aumento de 50 pontos-base, portanto, se o BoE decepcionar, a libra poderá cair acentuadamente. Se o BoE seguir os passos do Fed e do BCE e os formuladores de políticas decidirem por um aumento de 50 pontos-base maior do que o convencional, isso pode ser suficiente para manter a libra elevada e registrar ganhos adicionais”, diz a Western Union. O iene, por sua vez, estende sua trajetória de alta ante o dólar. A Capital Economics argumenta que este é um movimento “lógico” e “atrasado” que reflete os menores spreads entre os juros de títulos públicos dos EUA e Japão.

Entre as emergentes, o dólar subia a 131,9257 pesos argentinos, de 131,3007 no fim da tarde da sexta-feira. Segundo o jornal Ámbito Financiero, o novo “superministro” Sergio Massa, que acumula a pasta da Economia, entre outras, realizou reuniões no fim de semana para elaborar um plano a fim de ganhar a confiança dos mercados, inclusive o cambial, e também para fechar a nova equipe no governo.

*Com informações de Dow Jones Newswires