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Moedas: índice DXY do dólar cai, com Ucrânia e alta de juros do Fed no radar

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta quarta-feira, 16, em um dia no qual o mercado esteve, no geral, com maior apetite por risco. Na esteira do conflito na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sinalizou uma opção de negociação com o país vizinho. Além disso, investidores acompanharam a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de aumentar juros em 25 pontos-base.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 118,67 ienes, o euro subia a US$ 1,1038 e a libra tinha alta a US$ 1,3150. O DXY caía 0,73%, a 98,373 pontos.

O DXY operava em baixa na madrugada, revertendo alta da sessão anterior, com o mercado de olho na continuidade do conflito na Ucrânia. O dólar, considerado um porto seguro, acelerou perdas após o Kremlin afirmar que uma Ucrânia neutra com seu próprio Exército é uma “possível opção de compromisso” -, o que deu impulso para ativos de risco. Mais tarde, o índice chegou a diminuir sua queda, após o Fed elevar os juros em 25 pontos-base, mas voltou a ampliar queda adiante.

De acordo com Edward Moya, da Oanda, as ações dos EUA entraram em uma montanha-russa depois que a decisão do Fed inicialmente enviou ativos de risco para baixo, mas depois, segundo Moya, esses ativos subiram novamente com o presidente do Fed, Jerome Powell, convencendo os mercados de que não chegará tarde demais no combate à inflação.

O rublo russo se valorizou ante o dólar, no dia em que termina o prazo de carência para pagamento de títulos Eurobonds em dólares da Rússia. No fim da tarde de Nova York, o dólar caía a 97,535 rublos, de 108,5446 rublos no fim da tarde de ontem.

A Capital Economics analisa que o iene enfraqueceu ao longo deste período, como seria de esperar de uma moeda vista como um “porto seguro”. No entanto, para consultoria, isso parece não ter relação com o maior apetite ao risco visto no mercado. “A queda desta semana é uma continuação da fraqueza constante em relação ao dólar nos últimos meses, mesmo que a maioria dos ativos sensíveis ao risco tenha sofrido mudanças bruscas no sentimento. Em nossa opinião, o status típico de “porto seguro” do iene foi prejudicado por uma lacuna cada vez maior entre os rendimentos dos títulos do governo nos EUA e no Japão”, destaca.