O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta quarta, 30, com investidores ainda atentos à guerra entre Rússia e Ucrânia e às sinalizações diplomáticas entre as partes. Além disso, o dia foi de recuperação do euro e do iene.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 121,80 ienes, o euro avançava a US$ 1,1157 e a libra tinha alta a US$ 1,3134. O DXY recuou 0,62%, a 97,792 pontos.

O dólar já recuava no início do dia, ampliando perdas da sessão anterior, quando as negociações entre Rússia e Ucrânia geraram algum otimismo, mas com os EUA mantendo postura cética sobre o comportamento de Moscou. Hoje, o rublo russo se recuperou mais e, no horário citado, o dólar recuava a 83,035 rublos. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, demonstrou otimismo sobre o rumo das conversas com o governo ucraniano. O euro, por sua vez, atingiu máximas em quatro semanas pela manhã, com o quadro geopolítico ainda em foco.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que o programa de compra de ativos (APP, na sigla em inglês) da instituição deve acabar no terceiro trimestre, caso os dados sustentem a perspectiva de inflação no médio prazo. Ela ainda disse acreditar que a zona do euro evitará um quadro de estagflação. Já Peter Kazimir, dirigente do BCE, disse que a primeira alta de juros da instituição pode ocorrer ainda neste ano. Kazimir defendeu que o BCE deixe os juros negativos dentro de um ano – a taxa de depósito está em -0,50% atualmente.

No caso do iene, houve ajuste após recuo no dia anterior. A moeda japonesa chegou a tocar mínimas desde 2015 frente ao dólar recentemente e agora era apoiada pela repatriação de lucros de multinacionais japonesas no fim do ano fiscal local.