“Essa questão do preço do petróleo é muita histeria. Porque hoje uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo é fruto primeiro da questão da pandemia, no retorno da atividade econômica. Posteriormente, desse conflito absurdo lá da Rússia e da Ucrânia. Aí, óbvio, o mercado começa a se reequilibrar”, declarou o vice-presidente a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto. “O barril de petróleo Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio, essa flutuação, acredito que a Petrobras vai encaixar isso aí e vai haver uma redução no preço dos combustíveis”, acrescentou.
Os contratos futuros de petróleo operam em queda nesta quarta-feira no mercado internacional diante da percepção de investidores de um arrefecimento na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O barril do petróleo Brent, referência, está cotado ao redor dos US$ 98. A política de preços adotada pela Petrobras determina reajustes atrelados ao exterior.
Apesar do prognóstico de queda no preço do petróleo, Mourão descartou que o Brasil volte a pagar R$ 4 pelo litro de gasolina. “Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer”, avaliou o vice-presidente. “Pode baixar, voltar para meia dúzia R$ 6”.
Questionado sobre a demora dos postos de combustíveis em assimilar a queda nos preços da Petrobras sobre o valor cobrado na bomba, Mourão falou em “cartelização”. “Ainda há muita cartelização nesse setor, aí compete esses setores encarregados da defesa do consumidor impedir que isso ocorra”, declarou.