Em áudio enviado nesta sexta-feira, 11, aos caminhoneiros abrigados na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o diretor da entidade, Carlos Alberto Litti Dahmer, mostrou sua indignação com o aumento do preço de combustíveis anunciado ontem pela Petrobras e disse aos seus pares que “não dá pra ficar calado com esse abuso do preço do combustível”. “Não podemos ficar de braços cruzados aceitando a um desmando desse tipo”, disse e acrescentou: “A gente não pode se permitir não dar um grito de saída e aceitar isso calado como ovelha e boi manso. Precisamos fazer algum movimento”. No áudio, Dahmer não mencionou, em nenhum momento, a palavra greve, mas disse que a categoria precisa “fazer algum movimento”. “Estou à disposição da luta, de que alguma coisa precisa ser feita, mas sozinho ninguém faz nada; precisamos ter mais participação e estou aberto e disposto a ouvir.”
Dahmer, que é caminhoneiro em Ijuí (RS), lembrou que, especialmente este ano, no Rio Grande do Sul, com a quebra de safra de grãos no Estado, “vai sobrar caminhão (para transportar os grãos), não vai ter mercado e muita gente vai sair da atividade, inclusive”. Então, protestar contra o aumento dos preços dos combustíveis é, para ele, “uma questão de sobrevivência”. “Os que ainda restam na atividade que se deem as mãos para sair do atoleiro da areia movediça. Tem que reagir”, finalizou.