“Esse crescimento de margem foi devido a ganhos com a integração da Avon, uma parte importante ligada à otimização de estrutura coorporativa”, disse o presidente da Natura &Co, Roberto Marques, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A margem bruta da empresa ficou em 65,1%, alta de 0,8 ponto porcentual ante o registrado um ano antes. Já a margem Ebitda ficou em 12,9%, alta de 2,4 pontos porcentuais.
Marques afirma que a alta nesse último indicador foi puxada, entre outras coisas, pela melhoria de margem no negócio da Avon, bandeira para a qual a companhia tem implantado um novo modelo comercial. Além disso, no trimestre, houve R$ 60 milhões de sinergias relacionadas a compras e estrutura logística pela aquisição da Avon.
No ano, as sinergias somaram R$ 200 milhões, e já estão em cerca de 50% do total previsto pela companhia, quando o esperado era estar em cerca de 40% até o final de 2021, segundo projeções da empresa relatadas ao mercado.
Na linha de receita, houve queda de 3% em relação ao mesmo período de 2020, com um total de R$ 11,6 bilhões. Marques pontua que o resultado reflete ainda efeitos “desafiadores com relação a Brasil no âmbito macroeconômico. “Com retração de consumo, queda de poder aquisitivo e inflação, bem como localidades que passaram o quarto trimestre com restrições por causa da pandemia, como o Reino Unido, com o surgimento da Ômicrom”, diz.
A companhia fechou o ano com R$ 6 bilhões em caixa e vai pagar R$ 180 milhões de dividendos até o final de 2022. “Vamos pagar até o final do ano e não agora em função de toda a volatilidade que está acontecendo no mundo. Estamos sendo prudentes, mas isso já é um compromisso em função dos resultados alcançados”, afirmou.