As declarações foram feitas mais cedo durante o painel “Economia e Saúde Global”, mas o discurso só foi divulgado pelo governo há pouco.
A OCDE anunciou no início do mês um acordo entre 136 países, entre eles o Brasil, para cobrar um imposto mínimo global de 15% das multinacionais a partir de 2023. A taxação vai realocar mais de US$ 125 bilhões de lucros, nas contas da organização.
“O histórico acordo concluído pelo G20 e por outros países sobre tributação internacional, no âmbito da OCDE, é também uma contribuição significativa para a sustentabilidade fiscal e econômica”, disse Bolsonaro durante o painel.
Aos líderes globais presentes, o presidente disse ter “grande satisfação” por participar do encontro “em um momento de recuperação econômica mundial”. “Apesar de termos motivos para comemorar, ainda restam desafios para alcançarmos crescimento econômico mais estável e equitativo”, ponderou o chefe do Executivo, que no Brasil enfrenta problemas como a alta dos combustíveis, a escalada inflacionária e o desemprego ainda elevado.
Bolsonaro também defendeu a necessidade de construir um comércio internacional “livre de medidas distorcivas e discriminatórias” e a criação do auxílio emergencial no auge da pandemia. “Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada”, acrescentou o presidente.
“Os trabalhos do G20 na trilha de finanças renderam resultados importantes para a recuperação da crise econômica, como ilustram a nova alocação de direitos especiais de saque pelo FMI e as medidas para enfrentar desafios relacionados ao meio ambiente e à saúde”, disse ainda Bolsonaro, em um gesto incomum ao acenar à comunidade internacional.