O conselho de política do banco espera que os principais preços ao consumidor, excluindo os preços voláteis de alimentos frescos, aumentem 2,3% no atual ano fiscal que termina em março de 2023, de acordo com as perspectivas trimestrais do banco divulgadas na quinta-feira. Anteriormente, havia projetado um aumento de 1,9%.
A postura tranquila do BoJ recentemente alimentou a queda do iene em relação ao dólar. Após o anúncio, o iene ficou em cerca de 138,21 por dólar. Na semana passada, o iene caiu para uma nova baixa de 24 anos em mais de 139 por dólar. O BoJ espera que o núcleo da inflação desacelere para 1,4% no ano que termina em março de 2024 e 1,3% no ano seguinte.
Enquanto isso, o BoJ projetou que a economia japonesa expandiria 2,4% no atual ano fiscal, abaixo do crescimento de 2,9% projetado em seu relatório anterior. Ele prevê um crescimento de 2,0% no ano que termina em março de 2024 e um crescimento de 1,3% no ano seguinte.
Kuroda
O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse que a acentuada queda recente do iene torna mais difícil para as empresas japonesas elaborarem planos de negócios e virará um fator negativo para a economia doméstica.
“O que importa para a economia japonesa é que as empresas que viram seus lucros melhorarem, graças à desvalorização do iene, aumentem os gastos de capital e os salários, contribuindo para um ciclo virtuoso de receitas e gastos”, disse Kuroda, em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de deixar sua política monetária inalterada.
Kuroda também reiterou que o BoJ está disposto a relaxar ainda mais sua política “sem hesitação”, se necessário. Ele afirmou que o BC japonês não tem planos de elevar juros ou de ampliar o teto do juro do bônus do governo (JGB) de 10 anos.
Kuroda ponderou ainda que pequenas elevações de juros pelo BoJ provavelmente não conteriam a tendência de queda do iene. Fonte: Dow Jones Newswires.