O dado faz parte da 1ª revisão quadrimensal da carga de energia para o período de 2022 a 2026, realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em relatório divulgado hoje, as entidades destacam que a projeção considera a elevada incerteza tanto no ambiente externo, quanto doméstico. Destaca também que o conflito na Ucrânia deve elevar ainda mais a inflação, que já se encontrava em patamar elevado. “Inflação elevada vem exigindo uma política monetária mais restritiva, o que deve impactar negativamente a atividade econômica em 2022 e 2023”, diz trecho do documento.
Outros elementos considerados no cálculo da demanda de energia é que o mercado de trabalho segue em recuperação gradual, e que a indústria deve ser impactada pelo ambiente de incerteza e pelo prolongamento dos gargalos na cadeia de suprimentos. O documento destaca ainda que a situação fiscal continua sendo um ponto de atenção.
Para os próximos anos, os órgãos estimam que a carga deve ficar em 73.440 MWm em 2023, redução de 1,5% ante a estimativa anterior. Para 2024 o consumo de energia no SIN tende a ser de 75.792 MWm, redução de 1,8% frente à última revisão, em 2025 espera-se que a carga seja de 78.272 MWm, 2,1% menor. Já para 2026, a expectativa é que a carga alcance 80.818 MWm. Como essa é a primeira previsão para este período, não há base de comparação.