Barkindo falou sobre o fato de que há uma “ameaça à oferta da Rússia”, com a possibilidade de imposição de sanções contra o setor de energia no país, diante da invasão militar russa na Ucrânia. Segundo ele, isso já gera efeito nos mercados, confirme-se ou não a punição.
A autoridade do grupo notou que o mundo já caminha para uma demanda similar ao pré-pandemia. Questionado sobre eventuais ajustes a depender do quadro para a Rússia, Barkindo disse que a intenção da Opep é manter sua postura. “Não temos influência sobre eventos atuais, já que a geopolítica tomou o mercado e está orientando o ritmo do mercado”, afirmou. “Queremos despolitizar o petróleo e a energia”, disse, ressaltando que a Opep não é uma entidade política. Segundo ele, o cartel monitora de perto do quadro na Ucrânia e a eventuais sanções contra Moscou.
Em sua fala, Barkindo considerou que está havendo uma transição energética no mundo, mas ressaltou que o petróleo continua a ser crucial para o setor de energia. De acordo com ele, há atualmente “um cerco” ao setor e há dificuldades para conseguir capital. Ele defendeu que seu setor seja “parte da solução” na transição energética, mas advertiu que a oferta está “cada vez ficando para trás” em relação à demanda por uma série de motivos, entre eles essa maior dificuldade para financiar o setor.