Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega para junho encerrou a sessão em baixa de 1,55%, a US$ 1.923,70 a onça-troy, com queda de 1,84% na semana.
Embora tenha vindo abaixo da expectativa do mercado, a geração de vagas nos EUA continuou no mesmo passado. Em particular, houve consideráveis revisões positivas da criação de empregos em fevereiro, de 678 mil a 750 mil, e em janeiro, de 481 mil para 504 mil. A taxa de desemprego recuou de 3,8% a 3,6%.
Os números impulsionaram os rendimentos dos Treasuries ao longo de boa parte do dia e a curva entre os juros dos títulos de 2 e 10 anos voltou a inverter. A escalada dos retornos impôs pressão ao metal precioso, uma vez que ambos competem como reserva de segurança e investidores tendem a preferir a renda fixa nesses casos.
Para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), um mercado de trabalho consistentemente aquecido reforça o argumento em favor de um ritmo mais forte de normalização monetária. “Eventualmente, o aperto agressivo ou a inflação persistente gerarão preocupações de crescimento que levarão a fluxos de porto seguro para o ouro, mas esse momento não é agora”, explica o analista Edward Moya, da Oanda.