Resultados da pesquisa por “taxa básica de juros

Focus mantém projeções para Selic em 2021 e 2022

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica da economia no fim de 2021 em 9,25%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Os analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central também continuaram com a estimativa de 11,25% para o fim de 2022. Há um mês, as medianas eram de 9,25% e 11,00%, respectivamente.

Considerando apenas as 88 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 também permaneceu em 9,25%. Já para 2022, a mediana passou de 11,75% para 11,25%, considerando as 87 atualizações dos últimos cinco dias úteis.

De acordo com pesquisa do AE Projeções, o mercado está em linha com o “plano de voo” do Banco Central (BC) para a reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom). De 51 instituições pesquisadas, todas preveem mais um aumento de 1,50 ponto porcentual na Selic, a 9,25%. Para o fim do ciclo de aperto monetário, 27 de 46 instituições preveem juros em 11,75% ou mais. Outras 19 esperam Selic terminal entre 10,0% e 11,50%.

No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, a estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 passou de 7,75% para 8,00%, ante 7,50% há quatro semanas. Para 2024, ficou em 7,00%, mesmo patamar de um mês atrás.


Carta aos Investidores | Dezembro 2021

Qual a relação entre arte e mercado financeiro? Antes de responder, vamos começar uma breve reflexão com um quadro de um dos maiores pintores americanos do século 19, William Holbrook Beard (1825-1900). Aliás, suas telas seguiram uma tradição que remonta à antiguidade, por meio da representação de animais personificando o comportamento humano. Este recurso chamado […]


Resultados dos testes de estresse mostram que o sistema está resiliente, diz BC

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central considerou na ata de sua reunião de 18 de novembro que o sistema financeiro das principais economias segue resiliente, com manutenção de níveis de capital e liquidez robustos das instituições financeiras. “Simulações do Banco Central do Brasil e testes de estresse realizados pelas jurisdições indicam que o sistema financeiro global permanece preparado para suportar choques adicionais.”

O BC avaliou que há sinais de excessos no mercado imobiliário de vários países e observou que, para mitigar riscos à estabilidade financeira, algumas jurisdições reativaram, elevaram ou sinalizaram elevação futura de buffers de capital contracíclico.

Em referência à crise iniciada com a gigante Evergrande, o BC disse que os “impactos dos eventos recentes associados com a capacidade de financiamento de grandes incorporadoras imobiliárias na China têm se circunscrito ao mercado imobiliário chinês, sem contágio para outras economias”.

Ainda sobre os mercados financeiros globais, o Comef considerou que o início da remoção dos estímulos monetários em resposta à contínua elevação da inflação nas principais economias tem se refletido em aperto das condições financeiras globais. “Embora as autoridades tenham buscado atuar com alto grau de previsibilidade na condução da política monetária, evitando deterioração abrupta nas condições financeiras globais e correções repentinas e intensas de preços de ativos financeiros, esse risco segue presente.”

Apetite ao risco

O Comef do Banco Central indicou como ponto de atenção na ata que o apetite ao risco das instituições financeiras no País segue aumentando, com destaque para algumas modalidades de crédito para famílias. “O Comef avalia que é importante que os intermediários financeiros continuem preservando a qualidade das concessões.”

Segundo o Comef, o crédito não consignado tem crescido principalmente em operações com tomadores que possuem maior risco. Além disso, conforme o comitê, as concessões de crédito imobiliário continuam historicamente elevadas, embora o aumento das taxas de juros tenda a arrefecer esse ímpeto, com pressão sobre o funding e o spread da modalidade.

De maneira geral, o Comef afirma que os resultados dos testes de estresse mostram que o sistema está resiliente. “A avaliação de cenários de estresse macroeconômico indica que o sistema não apresentaria problema relevante, caso os cenários considerados se concretizassem.”

O comitê avalia que o crescimento do crédito amplo no Sistema Financeiro Nacional é condizente com os atuais fundamentos econômicos, e é verificado em diversos segmentos.

Segundo o colegiado, para pessoas físicas, modalidades estimuladas pelas taxas de juros historicamente baixas ou associadas à retomada econômica estão entre as que apresentam maior crescimento.

Já o crédito às micro e pequenas empresas continua sendo estimulado por programas governamentais, notadamente o Pronampe, e pela flexibilização do distanciamento social. As empresas de maior porte, por sua vez, beneficiam-se do aquecimento do mercado de capitais, segundo o Comef.

O Comitê também avalia que as instituições financeiras têm mantido provisões adequadas, acima das estimativas de perdas esperadas, e afirma que os ativos problemáticos (APs) seguem tendência de queda.

No crédito às empresas, a redução dos APs decorre da melhora da capacidade de pagamento das empresas. “Apesar da queda dos APs relacionados às pessoas físicas, algumas modalidades, como financiamento habitacional e de veículos, requerem atenção, pois apresentam materialização de risco superior àquela de antes da pandemia.”

O BC também comenta na ata que os níveis de capitalização e liquidez do Sistema Financeiro Nacional mantiveram-se superiores aos requerimentos prudenciais. A ata aponta que a solvência continua melhorando e a rentabilidade manteve recuperação, principalmente devido à redução nas despesas com provisão, compensando o aumento do custo de captação. “A marcação a mercado resultante da elevação das curvas de juros ocorrida no início do quarto trimestre não causou impacto relevante sobre a capitalização ou sobre a liquidez do SFN”, completa.

Outro ponto de atenção, segundo o Comef, é o risco de aperto abrupto e desordenado das condições financeiras globais em meio ao processo inflacionário mundial e o início do processo de normalização monetária de países avançados.

O Comef afirma que a materialização desse risco poderia levar à reprecificação desordenada dos ativos e ao aumento da aversão ao risco, com efeitos negativos para a taxa de câmbio, os fluxos de investimento e as condições de financiamento para as economias emergentes. “Questionamentos dos mercados a respeito de riscos inflacionários nas economias centrais podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes. O Comef avalia que a exposição do SFN ao risco da taxa de câmbio é baixa e a dependência de funding externo é pequena.”

Por fim, o comitê avalia que a pressão sobre o custo de manutenção de liquidez arrefeceu. Segundo o Comef, os prazos das captações permanecem inferiores aos do período pré-pandemia, com prevalência de instrumentos de liquidez imediata. “O Comef avalia que o atual ciclo monetário afasta o desafio do custo de manutenção de liquidez que se apresentava às instituições financeiras, uma vez que, aos atuais níveis de taxas de juros, o custo dos passivos referenciados à taxa básica da economia se assemelha ao dos passivos com parte da remuneração prefixada. Com isso, a remuneração dos ativos líquidos se aproxima do custo das captações no SFN.”


Recuo previsto no comércio de fim de ano afeta projeções para 2022

O estrago provocado pela alta da inflação e dos juros e a queda do poder de compra do brasileiro não deve se limitar ao consumo de fim de ano. Normalmente, a movimentação da economia no último trimestre tem desdobramentos no começo do ano seguinte. Quando o final de ano é bom, janeiro começa com reposição de estoques e muitos empregos temporários viram definitivos.

Caso o cenário de recuo das vendas no último trimestre traçado pelo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se confirme, corre-se o risco de começar o próximo ano sem esse impulso, alerta a economista da Prada Assessoria, Marcela Kawauti. “O começo do próximo ano pode ser bem morno”, prevê.

Ela lembra que 2022 terá dificuldades adicionais porque é um ano eleitoral, quando as incertezas aumentam, o que afeta os investimentos. Também a alta da taxa de básica de juros para conter a inflação, além de encarecer o custo do crédito neste momento, ainda não teve seu efeito pleno de deprimir o consumo. “O impacto maior acabará se manifestando ao longo de 2022.”

O consumo das famílias responde por mais da metade da geração de riqueza na economia brasileira, e não é sem motivos que as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 começam a migrar para estabilidade e até para desempenho negativo.

Rancho parcelado

Mesmo com custos pressionados, varejistas tentam virar o jogo e animar as vendas, alongando prazos de pagamento.

A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, decidiu parcelar em até 30 vezes no cartão próprio as compras da Black Friday, por exemplo.

A Lojas Cem é outra grande rede varejista do setor de móveis e eletroeletrônicos que pretende ampliar a quantidade de parcelas sem juros para tentar “encaixar” a prestação no orçamento do consumidor.

José Domingos Alves, supervisor-geral da rede, diz que o ajuste na forma de pagamento é necessário porque hoje há um número menor de pessoas com condições de comprar. “O mercado está menos consumidor em relação ao ano passado porque o custo de vida subiu muito e sobram menos recursos para gastar com outros itens”, afirma, acrescentando que esse é o cenário para Black Friday e Natal.

Até a rede de supermercados Dia Brasil está parcelando em três vezes no cartão de crédito quando as compras de alimentos, produtos de higiene e limpeza superam R$ 90. “Alongar prazo é uma boa fórmula, mas antecipa o consumo”, observa Marcela. Segundo ela, o risco dessa estratégia é que mais à frente poderá ser preciso fazer algum ajuste para que essa conta seja paga.

Viagem adiada

Todo ano o cabeleireiro Edgar Godoy, dono de um salão na zona norte da capital paulista, pega a estrada para passar as festas com familiares em Mato Grosso do Sul. Em 2020, não foi por causa da pandemia. Até seis meses atrás, tinha planos de ir. Mas desistiu. “Está inviável, a gente não tem expectativa de ganho”, diz. Só de ida, gastaria cerca de 100 litros de etanol, e o combustível já encareceu 45,86% no ano, até outubro.

Com a reabertura do salão, em junho, Godoy chegou a ter um bom movimento, que se equiparou com o mesmo mês de 2019, antes da pandemia. Mas, de lá para cá, o faturamento não tem se sustentado. A receita mensal ainda está entre 40% e 45% menor em relação ao mesmo período pré-pandemia. “O pessoal está sem dinheiro, e muitos clientes estão desempregados. Outros, de idade avançada, têm medo de vir ao salão.” A queda no movimento ocorre mesmo sem ele ter aumentado os preços dos serviços: faz dois anos e meio que não reajusta a tabela, apesar das pressões de custos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Bolsas de NY fecham com ganhos moderados, após dados firmes no EUA e Fed

Att. Srs. Assinantes, A nota publicada anteriormente continha uma incorreção. A cotação de fechamento do Dow Jones foi 36.142,22 pontos, não como constava. Segue versão corrigida: As bolsa de Nova York fecharam com ganhos moderados nesta terça-feira, após dados sólidos referentes à economia dos Estados Unidos. Investidores monitoraram também declarações de dirigentes do Federal Reserve […]


Bolsas de NY fecham com ganhos moderados, após dados nos EUA e de olho no Fed

As bolsa de Nova York fecharam com ganhos moderados nesta terça-feira, 16, após dados sólidos referentes à economia dos Estados Unidos. Investidores monitoraram também declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre as perspectivas da política monetária. No fechamento, o Dow Jones avançou 0,15%, a 36.076,0 pontos. O S&P 500 ganhou […]