Resultados da pesquisa por “taxa básica de juros

Selic no fim de 2021 permanece em 8,25% ao ano, aponta Focus

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021 e 2022, segundo o Relatório de Mercado Focus. Para este ano, a estimativa seguiu em 8,25%, mesmo porcentual de um mês atrás. Já a estimativa para o fim de 2022 continuou em 8,75%, ante 8,50% de um mês antes.

Considerando apenas as 51 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 permaneceu em 8,25%. Já para 2022, a mediana passou de 9,00% para 8,88%, considerando as 50 atualizações dos últimos cinco dias úteis.

A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 seguiu em 6,50%, de 6,75% há quatro semanas. Para 2024, continuou em 6,50%, como há um mês.

Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu pela quinta vez consecutiva a Selic e manteve o ritmo ao elevá-la em 1,00 ponto porcentual, para 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro.

Na comunicação oficial, o BC indicou que a manutenção do atual ritmo associada ao aumento da magnitude do ciclo para patamar significativamente contracionista “é a estratégia mais apropriada para assegurar a convergência da inflação para as metas de 2022 e 2023”.

Em declarações recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o BC tem foco em 2022 e que a “melhor maneira de agir é manter o ritmo de ajuste”. Outros diretores, porém, já indicaram que não há um “compromisso” com um passo de alta de juros, a depender da evolução do cenário.


Ritmo de aumento de 1% na Selic não é compromisso, diz diretor do BC

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou nesta quarta-feira, 13, que a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) é de que o orçamento de alta de juros aumentou em virtude da projeção de inflação em 2022 em 3,7%, acima do centro da meta de 3,5%, e com o balanço de riscos assimétrico para cima devido ao cenário fiscal. “Com risco fiscal, não dá para evitar política monetária mais apertada. Nós concordamos que o problema fiscal pode levar à inflação maior”, disse, em evento do HSBC.

Mas Kanczuk repetiu declarações anteriores do presidente do BC, Roberto Campo Neto, de que o nível final da Selic é mais importante do que o ritmo para alcançar o objetivo de convergência da inflação à meta em 2022.

“Pensamos que ritmo de alta de 1 ponto porcentual da Selic é mais do que suficiente para 2022. Precisamos elevar mais a Selic, mas vamos manter o ritmo”, afirmou.

Ele ponderou, contudo, que esse passo de 1 ponto porcentual não é um compromisso e que o BC pode alterá-lo se for necessário. “Se ritmo da inflação enlouquecer, posso achar que ritmo de 1 pp não será mais suficiente.”

Segundo Kanczuk, o Copom “não é escravo” de projeções do mercado e que só aproveita informações.

O diretor do BC argumentou ainda que as projeções de inflação nos horizontes mais longos, de três a quatro anos, estão ancoradas.

Sobre a discussão de usar política cambial para controlar a inflação, Kanczuk argumentou que o BC avalia que a taxa Selic tem um efeito maior sobre a dinâmica inflacionária no horizonte relevante. Segundo o diretor do BC, não há como usar a Selic e a taxa de câmbio para controlar a inflação. “Não funciona.”

Kanczuk afirmou que se o BC entendesse que as intervenções cambiais são melhores para esse propósito, teria de abandonar o sistema de metas. “Não faremos isso. No curto prazo, o câmbio tem mais efeito, mas, no horizonte relevante, não”, disse, sobre os tempos diferentes de efeito do câmbio e da Selic sobre a inflação.

Dominância fiscal

O diretor de Política Econômica do Banco Central afirmou que a autoridade monetária não pode considerar a discussão sobre dominância fiscal como impedimento para elevar os juros. Segundo Kanczuk, a dominância fiscal é uma questão de superávit primário, que é um assunto do Ministério da Economia e não do BC.

“Não podemos estar preocupados com a dominância fiscal ao subir juros. Planejador social pode ter essa preocupação. O BC é só um jogador preocupado em qual deve ser a política monetária. Só é preocupado com inflação e não com dominância fiscal”, disse Kanczuk. “Vamos aumentar os juros independentemente da discussão sobre dominância fiscal. Se há mais inflação, aumentamos os juros. É assim que nos comportamos”, completou.

Ele ponderou, contudo, que os indicadores de sustentabilidade fiscal melhoraram com as surpresas favoráveis de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e que a discussão de dominância fiscal diminuiu no mercado. “Já era difícil falar em dominância fiscal antes, agora é mais difícil ainda”, afirmou.

Kanczuk argumentou, contudo, que o BC não havia ficado tão otimista quanto o mercado com a melhora dos indicadores e que, agora, está menos pessimista.

Política monetária dos EUA

O diretor de Política Econômica do Banco Central afirmou ainda que, se a política monetária dos Estados Unidos mudar, o Copom terá de reagir “de acordo”.

Segundo Kanczuk, o BC terá de fazer mais do que o eventual movimento do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), pois o aperto monetário americano tem um impacto maior sobre a taxa básica brasileira. “Temos que observar, mas, na nossa visão, se isso acontecer, a elasticidade é maior do que um.”


Selic no fim de 2021 permanece em 8,25% ao ano, prevê Focus

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021, em 8,25%, segundo o Relatório de Mercado Focus. Há um mês, estava em 8,00%. Já a estimativa para o fim de 2022 subiu de 8,50% para 8,75%, ante 8,00% de um mês antes.

Considerando apenas as 38 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 permaneceu em 8,25%. Já para 2022, a mediana continuou em 9,00%, considerando as 37 atualizações dos últimos cinco dias úteis.

A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 baixou de 6,75% para 6,50%, mesmo número de há quatro semanas. Para 2024, seguiu em 6,50%, como há um mês.

Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu pela quinta vez consecutiva a Selic e manteve o ritmo ao elevá-la em 1,00 ponto porcentual, para 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro.

Segundo o comitê, a manutenção do atual ritmo associada ao aumento da magnitude do ciclo para patamar significativamente contracionista “é a estratégia mais apropriada para assegurar a convergência da inflação para as metas de 2022 e 2023”. Além disso, em declarações recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o Copom avalia que o nível final dos juros básicos da economia são mais importantes do que o ritmo para alcançar o cumprimento da meta. Campos Neto sinalizou ainda que o BC segue “olhando para 2022”.


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