Apesar do avanço, o Brasil ainda está muito longe de seus tempos “áureos” como destino de investimento estrangeiro – em 2012 e 2013, por exemplo, o País ficou na terceira posição da lista. “Há bons sinais de recuperação, mas já estivemos lá em cima no ranking. À medida que a situação política e econômica do País piorou, a confiança do investidor caiu”, afirma Sachin Mehta, sócio da Kearney Brasil. “Ainda assim, o Brasil não é uma economia que o investidor possa se dar ao luxo de estar fora. É um mercado diferente, com riqueza natural e força em commodities.”
Em 2016, o País ocupava o 12.º lugar, caindo 13 posições em 2018 e saindo no ano seguinte do ranking (que contabiliza somente os 25 primeiros colocados). O País voltou à lista em 2020, na mesma posição que a atual (22.ª). Apesar de o País ter voltado a figurar na lista, isso pode refletir mais uma queda de outras nações do que um grande avanço brasileiro. Neste ano, a estimativa é de entrada de US$ 55 bilhões em capital estrangeiro, abaixo dos US$ 69,2 bilhões de 2019.
Os motivos para o avanço do País em 2022 são o aumento dos preços de matérias-primas e a redução de restrições para conter a covid-19. Esses fatores fizeram o Brasil crescer no cenário econômico internacional mesmo com desafios como a alta da inflação, a explosão dos juros e o risco associado às próximas eleições presidenciais. Segundo análise da XP Investimentos, os principais investidores da Bolsa brasileira em 2022 são investidores estrangeiros (53%), instituições (25,4%) e pessoas físicas (16,5%).
O Brasil é uma das quatro economias emergentes no ranking da consultoria. China (10.º lugar), Emirados Árabes (14.º) e Qatar (24.º) também aparecem na lista de 25 países. Pelo 10.º ano consecutivo, os Estados Unidos lideraram a lista. Alemanha e Canadá completam o “pódio” deste ano. Japão e Reino Unido ocupam, respectivamente, a quarta e quinta posições.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.