“Não podemos nos desviar da prática de preços de mercado”, afirmou Coelho aos analistas.
Ele explicou que, quanto mais forte é o resultado da empresa, mais impostos são recolhidos para a União, o que beneficia a sociedade. “A arrecadação de R$ 70 bilhões em impostos no primeiro trimestre promove mais empregos, permite que Estados e municípios façam investimentos”, disse.
Na noite de quinta, um pouco antes da divulgação do balanço da empresa no primeiro trimestre do ano, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar os preços elevados dos combustíveis e pediu para a Petrobras não fazer reajustes, que, segundo ele, poderiam “quebrar o Brasil”.
A Petrobras está há 57 dias sem mexer nos preços da gasolina e do diesel.
Coelho destacou, ainda, que o foco da empresa continuará no pré-sal, e que das 15 plataformas que a estatal está prevendo receber nos próximos cinco anos, 13 são para o pré-sal. “A perspectiva é de um aumento de 500 mil barris de petróleo por dia nos próximos cinco anos”, disse, referindo-se ao Plano Estratégico da companhia 2022-2026.
O executivo também fez questão de ressaltar que, apesar dos desinvestimentos que estão sendo realizados, a estatal não vai sair da área de refino e nem de gás natural, que vão receber investimentos de US$ 7 bilhões até 2026.
Ele afirmou que esses desinvestimentos permitem o surgimento de outras empresas no setor, gerando empregos, renda e mais impostos, e que só uma empresa forte pode gerar valor para os acionistas. “Vamos trabalhar para produzir resultados ainda melhores e mais robustos”, concluiu Coelho.