O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,79% (US$ 0,69), em US$ 88,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 1,12% (US$ 1,05), a US$ 94,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O governo dos Estados Unidos voltou a criticar nesta quinta a decisão da Opep+, no momento em que o país trabalha para reduzir a inflação. Além disso, o preço mais alto do óleo é fator positivo para a Rússia, que continua a travar uma guerra na Ucrânia, resistindo a sanções.
O presidente norte-americano, Joe Biden, declarou estar “desapontado” com a decisão da Opep+ e que seu governo avalia alternativas. Questionado sobre se relaxar sanções com a Venezuela seriam uma alternativa, ele disse que há “várias alternativas”, mas que não houve uma decisão. Por outro lado, o presidente americano disse que a Venezuela teria de fazer “muito” para as sanções serem revertidas, sem especificar.
A Rystad Energy avaliava, em relatório, que o corte da Opep+ na prática não deve ser de 2 milhões de barris por dia (bpd), mas de 1,2 milhão de bpd, já que alguns países enfrentam dificuldades em sua produção. A consultoria acredita, de qualquer modo, que a postura do grupo colabora para apoiar os preços e diz que o Brent deve bater US$ 100 o barril até o fim deste ano.
O UBS, por sua vez, diz que o mercado de petróleo deve estar “mais apertado nos próximos meses”, portanto com perspectiva positiva para o preço. O banco acredita que o Brent superará a marca de US$ 100 o barril “nos próximos trimestres”.
Ainda no noticiário, a estatal Saudi Aramco manteve preços de seu petróleo leve de referência para novembro a clientes da Ásia, mas cortou para os clientes da Europa.