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Petróleo fecha em alta, apoiado em crise energética e ainda absorvendo Opep+

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira. Pelo segundo dia seguido, o preço do barril de WTI alcançou o mais alto nível desde dezembro de 2014. Segundo analistas, a crise de energia que se espalha pelo mundo tem favorecido a busca por petróleo. Além disso, investidores mantiveram o otimismo de na segunda, com a decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para novembro subiu 1,69% (US$ 1,31), a US$ 78,93 o barril, mantendo o maior nível desde o fim de 2014. O Brent para dezembro, por sua vez, avançou 1,60% (US$ 1,30), a US$ 82,56 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Economista-chefe de energia na Stifel, Lindsey M. Piegza observa que a alta nos preços do óleo se deu em um momento no qual a oferta limitada “alimentou o pânico” em todo o mundo. “A Índia, por exemplo, alertou que tem apenas quatro dias de reservas de carvão restantes, enquanto relatórios sugerem que as usinas alemãs estão ficando sem combustível”, escreveu.

À medida que as economias se recuperam da pandemia pela covid-19, a demanda por petróleo aumenta, enquanto gargalos na cadeia de abastecimento e interrupções logísticas continuam a limitar a oferta, diz Piegza.

Além disso, o avanço desta terça amplia os ganhos da sessão anterior. Operadores do mercado de petróleo se animaram com a decisão da Opep+ de manter o aumento da oferta de forma gradual, a 400 mil barris por dia (bpd) adicionais por mês.

A estratégia da organização se dá mesmo com apelo de líderes mundiais, incluindo o americano Joe Biden, para que disponibilizasse mais óleo no mercado.

Na Oanda, o analista Edward Moya prevê que os ativos do petróleo subam a US$ 85, caso os estoques nos Estados Unidos comecem a cair novamente. Em sua avaliação, os dados a serem divulgados pelo American Petroleum Institute (API) nesta tarde podem desencadear uma grande mudança nas negociações.

Se os estoques se mantiverem a níveis “decentes”, uma pequena queda nos preços pode acontecer, conforme os operadores realizem os lucros. Tal razoabilidade dos estoques do óleo seria atribuído a uma produção mais alta, importações robustas e à recuperação gradual das refinarias após o pico da temporada de furacões, diz Moya.