Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para maio avançou 1,39% (US$ 1,56), a US$ 113,90, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 1,80% (US$ 2,07) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 117,37. Na semana, os avanços foram de 10,49% e 11,74%, respectivamente.
Nas primeiras horas da sessão desta sexta-feira, os contratos do óleo foram pressionados pela notícia de que EUA e UE vão organizar esforços com aliados para aumentar o suprimento de gás natural liquefeito (LNG) à Europa e, desta forma, reduzir a oferta russa ao Velho Continente. A ação é parte do conjunto de medidas adotadas pelo Ocidente contra a invasão da Ucrânia e segue reunião do presidente americano Joe Biden com líderes europeus.
De acordo com a Rystad Energy, o acréscimo na oferta de gás dos EUA provavelmente terá pouco efeito no curto prazo, mas os americanos podem facilmente exceder os 15 bilhões de metros cúbicos previstos e o gesto indica melhora na situação energética da Europa.
No começo da tarde, porém, um incêndio em uma instalação da Saudi Aramco, após o que suspeita-se ter sido um ataque de mísseis, fez com o que petróleo virasse para território positivo, mantendo-se assim até o fim da sessão. De acordo com a Associated Press, o grupo rebelde Houthi reivindicou a autoria do ataque.
Os recentes ataques do grupo a instalações da Aramco “limitam ainda mais a capacidade da Europa de se afastar completamente do fornecimento de petróleo russo no curto prazo”, de acordo com o Rabobank. Além do ataque desta sexta-feira, os rebeldes também foram responsáveis pelo ataque a drones de uma refinaria da petroleira saudita no fim de semana passado.
No período da tarde desta sexta, a Baker Hughes, companhia que presta serviços ao setor de energia, informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA avançou sete na última semana, a 531.