O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, encerrando uma semana de forte avanço. Neste dia 10 de dezembro, a commodity energética encontrou suporte na depreciação do dólar ante moedas rivais após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de novembro. Conflitos geopolíticos entre Rússia e Ucrânia e Estados Unidos e Irã também foram monitorados.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para janeiro avançou 1,03% (US$ 0,73) nesta sexta e 8,16% na semana, a US$ 71,67, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 0,98% na sessão desta sexta (US$ 0,73) e 7,54% no acumulado semanal, a US$ 75,15, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo ganhou fôlego mais cedo logo após o CPI de novembro dos EUA ser divulgado, registrando alta anual de 6,8% em novembro, a maior desde junho de 1982.
O indicador veio em linha com as expectativas do mercado e, por conta da falta de surpresas positivas, acabou por enfraquecer o dólar, segundo o TD Securities. A depreciação da divisa americana tende a favorecer o petróleo pois o torna mais barato a detentores de outras moedas.
Além do suporte do câmbio, a perspectiva de que o conflito entre Rússia e Ucrânia possa reduzir a oferta de petróleo ao mercado também apoiou os preços do óleo hoje, segundo notou a Oanda, em relatório. Ainda do lado da oferta, o possível endurecimento de sanções dos EUA ao Irã – em meio às dificuldades nas negociações para a retomada do acordo nuclear de 2015 – reforçam a perspectiva de que produtores iranianos continuarão com um mercado consumidor reduzido.
Ainda no noticiário do setor, o governo do presidente americano Joe Biden ordenou a suspensão imediata do apoio federal para usinas de carvão e outros projetos intensivos em carbono no exterior, de acordo com Bloomberg. Além disso, os poços e plataformas de petróleo em atividade no país avançaram quatro na semana passada, a 471, informou a Baker Hughes.
Ao comentar o forte avanço do petróleo nesta semana, a Capital Economics diz que a commodity recuperou parte de suas perdas em decorrência da disseminação da variante Ômicron do coronavírus.
Segundo CEO da Pfizer, Albert Bourla, é possível que seja necessária a aplicação de uma quarta dose do imunizante da empresa para neutralizar a nova cepa.