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Petróleo fecha em alta, com dólar em queda, tensões em torno da Ucrânia e Opep+

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Estadão Conteúdos

Após uma sessão volátil, os contratos futuros de petróleo reverteram perdas do começo do dia e fecharam em alta nesta quinta-feira. A commodity foi beneficiada pela queda do dólar, pressionado pelo euro e pela libra, que ganharam força após decisões do Banco da Inglaterra (BoE) e Banco Central Europeu (BCE). Além disso, investidores ainda monitoram a crise geopolítica na Ucrânia e o fornecimento do óleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para março subiu 2,28% (US$ 2,01), a US$ 90,27, enquanto o do Brent para abril avançou 1,83% (US$ 1,64), na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 91,11.

O petróleo começou a sessão desta quinta em queda após o ministro de Petróleo do Irã reiterar na quarta-feira que o país “está pronto para ampliar sua oferta ao mercado o mais rápido possível”.

Para a Rystad Energy, porém, persistem dúvidas sobre a capacidade da Opep+ de manter a capacidade total de produção e as perspectivas de oferta permanecem apertadas.

“A esperança de que a produção de petróleo bruto da Opep+ possa trazer equilíbrio ao mercado parece fraca e os comerciantes estão se preparando para mais volatilidade. Há um risco de alta, já que a oferta permanece apertada globalmente, mas a pressão de baixa dos preços pode ser evidente no curto prazo, pois as tensões geopolíticas podem diminuir”, diz a consultoria, em relatório enviado a clientes.

A Rystad ainda destaca que a questão da Ucrânia ficou em segundo plano, indicando que aumentaram as chances das maiores potências energéticas do mundo, em termos de produção de combustíveis fósseis, conseguirem evitar uma ação militar. “No geral, o mercado permanece otimista com os preços do petróleo. A expectativa predominante é de que o mercado, apesar de algumas oscilações de baixa causadas por sustos de demanda pandêmica, continue a negociar em alta no petróleo, uma vez que existe escassez real de oferta tanto no curto quanto no longo prazo”, pondera.