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Petróleo fecha em alta, com dólar fraco, estoques dos EUA e dúvidas sobre Opep+

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 12, impulsionados por uma redução semanal nos estoques dos Estados Unidos, além da desvalorização do dólar, o que torna a commodity, cotada na moeda americana, mais barata para detentores de outras divisas. A capacidade de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) é outro elemento observado por investidores.

O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,75% (US$ 1,42), a US$ 82,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março subiu 1,13% (US$ 0,95), a US$ 84,67 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O óleo ampliou os ganhos depois que os estoques dos EUA caíram pela sexta semana consecutiva, aponta o TD Securities. Em uma sinalização da demanda no maior consumidor do mundo, os estoques recuaram 4,553 milhões de barris na semana encerrada em 7 de janeiro, informou nesta quarta o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam queda de 2,1 milhões. No entanto, a Capital Economics acredita que a no país demanda permanecerá sob pressão à medida que os casos de covid-19 aumentam e o crescimento econômico diminui.

O TD Securities aponta ainda que um dólar mais fraco e o apetite de risco constante também ajudaram a sustentar os preços do petróleo. Segundo o banco de investimentos, o mercado está precificando cada vez mais as interrupções no fornecimento nos principais países produtores. “Muitos estão expressando preocupações de que a Opep+ pode não ter capacidade suficiente para cumprir a promessa de equilibrar o mercado em 2022”, aponta.

À medida que o mundo se aprofunda em janeiro, “quando o clima corre o risco de ficar ainda mais frio do que o normal devido aos padrões climáticos da La Niña, qualquer salto significativo na demanda de combustível no inverno pode fazer com que os saldos globais de oferta e demanda se aproximem de um déficit nos próximos meses”, avalia o TD Securities. “Não ficaríamos surpresos ao ver os petróleos de referência WTI e Brent subirem mais US$ 3-5 em um futuro não muito distante”, projeta.