O petróleo WTI com entrega prevista para fevereiro fechou com ganhos de 1,11% (US$ 0,86), a US$ 77,85 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para março teve alta de 1,00% (US$ 0,80), a US$ 80,80 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Nos EUA, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou queda de 2,144 milhões de barris de petróleo. O resultado ficou abaixo da expectativa de recuo feita por analistas ao Yhe Wall Street Journal. Os ativos chegaram a perder fôlego após o dado, mas logo recuperaram os ganhos. Analista da Capital Economics, Caroline Brain pondera que talvez o mercado já estivesse preparado dada a estimativa de alta nos derivados, como a gasolina, divulgada ontem pelo American Petroleum Institute (API).
Com a manutenção do ritmo de aumento da oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e à medida que a “destruição” da demanda pela Ômicron é menor do que o esperado, uma forte demanda por combustíveis pode alcançar um pico no inverno (do hemisfério norte), prevê o TD Securities, com os preços do petróleo subindo US$ 5 por barril.
O Julius Baer, por sua vez, vê o mercado do petróleo em uma fase transitória, na qual o crescimento da oferta caminha para superar o da demanda em uma recuperação pós-pandêmica. No longo prazo, o banco espera que os preços dos ativos caíam, mas assume que fatores contrários à oferta podem prevalecer no prazo muito curto e apoiar a valorização dos contratos. Os cenários para o mercado da commodity parecem divergir entre os vigias oficiais, como a Agência Internacional de Energia, diz o Julius Baer, em nota. “As fontes de incerteza incluem a pandemia, os soluços contínuos da cadeia de abastecimento e, especialmente, a política do petróleo, dada a mudança marcante de fundamentos”, afirma o analista Norbert Rücker.