Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para maio fechou em alta de 5,18% (US$ 5,66), a US$ 114,93, enquanto o do Brent para o mesmo mês subiu 5,30% (US$ 6,12) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 121,60.
“Como as coisas se desenvolvem na Ucrânia provavelmente fará uma grande diferença” nos preços, aponta o Commerzbank. A Rússia está tendo problemas para encontrar compradores para seu petróleo, com a guerra revertendo fluxos comerciais, destaca o banco alemão. Neste cenário, a pressão sobre a Arábia Saudita e outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) com capacidade ociosa para aumentar a produção provavelmente aumentará, conclui.
Para o Julius Baer, “estamos diante de uma crise de preços, não de oferta”. Segundo o banco, o petróleo russo é “tóxico, e a lacuna que deixa no mercado global é o foco das atenções”. Hoje, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país se recusará a aceitar pagamentos pelo fornecimento de gás natural em moedas “comprometidas”, incluindo dólar e euro, e que seguirá com os rublos russos. O governo italiano indicou que não está disposto a usar a moeda russa para as aquisições, enquanto o alemão apontou que a medida coloca em risco contratos.
Os estoques de petróleo nos EUA caíram 2,508 milhões de barris, a 413,399 milhões de barris na semana encerrada em 18 de março, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam que o número iria se manter estável. Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, o mercado de petróleo está muito apertado e com a produção dos EUA permanecendo estável e como os estoques continuam a diminuir, os preços do petróleo têm “apenas um caminho a percorrer”, o de altas.