Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega para julho avançou 0,86% (US$ 0,98) hoje e 4,34% na semana, a US$ 115,07, enquanto do Brent para o mês seguinte teve alta de 1,22% (US$ 1,39) nesta sexta e de 4,73% nos últimos sete dias, a US$ 115,56.
De acordo com o TD Securities, os preços de energia estão “prestes a deslanchar” à medida que os riscos no suprimento se acumulam, segundo dados medidos pelo próprio banco. “Isso é consistente com a deterioração acelerada da produção de petróleo da Rússia, uma vez que a ‘autossanção’ continua a reduzir as entregas marítimas”, diz o TD, citando ainda um “maior risco de fornecimento” na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), uma vez que o cartel tem produzido abaixo de suas cotas, “após uma década de sub-investimento que aumentou os riscos operacionais na África Ocidental”, completa.
Em comunicado divulgado nesta sexta, o Grupo dos Sete (G7) instou produtores, incluindo a Opep, a agir “de maneira responsável” na resposta ao aperto no mercado global de commodities.
O Commerzbank cita o recuo nos estoques de gasolina como um indicativo de que a demanda nos EUA está crescendo. “O próximo fim de semana do ‘Memorial Day’ marca o início da temporada de verão nos EUA. Será interessante ver se os altos preços da gasolina terão um impacto negativo nos hábitos de condução americanos nos próximos meses”, destaca o banco alemão. Em relatório, a instituição ressalta que os preços elevados nem a maior produção de combustível das refinarias americanas impediram a queda nos estoques de gasolina na semana passada.
Outro assunto no radar de operadores, a proposta de embargo a importações de petróleo russo na União Europeia (UE) ainda enfrenta oposição de alguns membros do bloco e corre o risco de não sair do papel. Na quinta, a Alemanha afirmou que alternativas poderiam ser buscadas.
Em relatório, a Capital Economics diz esperar a aprovação de alguma medida da UE, possivelmente já na semana que vem, mas ela não deve provocar um aumento severo nos preços do petróleo. Enquanto isso, não houve reclamações de problemas de pagamento por gás natural da Rússia à Europa, o que sugere que apenas Polônia, Finlândia e Bulgária seguirão como únicos países europeus sem acesso ao produto, acrescenta a casa.