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Petróleo fecha em alta, puxado por relatório do DoE e à espera de medida de Biden

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, estendendo ganhos da sessão anterior. Os ativos já operavam no azul, mas foram impulsionados pelo relatório de perspectiva de curto prazo pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA. Agora, operadores aguardam a resposta da administração de Joe Biden para o quadro no setor.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,71% (US$ 2,22), a US$ 84,15 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro subiu 1,62% (US$ 1,35), a US$ 84,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Em relatório, o DoE prevê que o barril do petróleo Brent seguirá na atual média de US$ 82 até o fim do ano. Ao longo de 2022, com uma maior produção prevista para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e demais países produtores, a expectativa é que a média do Brent caia para US$ 72 o barril.

O DoE aponta que há uma “ampla gama de resultados potenciais para o consumo de energia”, dadas as incertezas no cenário macroeconômico e o comportamento do consumidor sobre a demanda.

Em geral, a publicação do relatório é apenas uma divulgação de dados específicos do setor. No entanto, desta vez, pode funcionar como um argumento para que o governo de Biden justifique sua promessa de usar as ferramentas à disposição para reduzir o preço da gasolina, diz Louise Dickson, analista da Rystad Energy. “Os preços elevados da gasolina costumam ser politicamente impopulares, então uma intervenção de Biden para apaziguar o consumidor americano tem lógica política, mas pode não ter um impacto físico fundamental duradouro sobre os preços do petróleo”, pondera.

A projeção cautelosa pelo DoE pode ter reflexos na decisão do líder americano sobre a liberação estratégica de reservas do óleo. Para o TD Securities, o ritmo cuidadoso dos aumentos na produção de petróleo devem manter os mercados de energia em trajetórias de aperto no curto prazo, especialmente com a recuperação das viagens aéreas.