Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para fevereiro recuou 1,98% (US$ 1,43) nesta sexta e 1,52% na semana, a US$ 70,72, enquanto o do Brent para o mesmo mês caiu 2,00% nesta sessão (US$ 2,50) e 2,17% no acumulado semanal, a US$ 73,52, na Intercontinental Exchange (ICE).
Fazendo um balanço de 2021, o Rabobank aponta que da forma como está, o setor de petróleo cresceu 57% e deve terminar o ano no topo da lista no que diz respeito ao retorno no setor de commodities. Além disso, este ano marcará o maior ganho anual do Brent desde o final dos anos 1990, diz o banco holandês, que nota ainda que o movimento ocorreu a despeito de uma valorização do dólar, o que torna o barril mais caro para detentores de outras divisas.
“À medida que a onda de tomada de risco após o Fed diminui, o foco nos mercados de petróleo se voltou para os riscos da Ômicron e temores de um excesso de oferta no início de 2022”, comenta o TD Securities. A crescente convicção de que a cepa pode levar a um superávit, o que foi ecoado pelas expectativas da Agência Internacional de Energia (AIE), deve, em última análise, manter os ataques de alta de preços bem contidos no curto prazo, aponta o banco de investimentos.
Nos Estados Unidos, a produção de xisto continua a se recuperar em um ritmo lento, com os orçamentos de despesas de capital para o novo ano sugerindo que a capacidade também permanecerá limitada, avalia o TD Securities. Neste contexto, enquanto a Ômicron ameaça o crescimento da demanda de energia no primeiro trimestre, um aumento na produção global de vacinas reforça a visão de que o impacto da demanda será de curta duração, deixando a oferta como o risco de alta para 2022, projeta o banco. O número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiram quatro na última semana, a 475, informou nesta sexta a Baker Hughes, companhia que presta serviços ao setor.