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Petróleo fecha em baixa, de olho na demanda global, covid na China e dólar forte

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta sessão, com aumento das incertezas da demanda global e aumento de casos de Covid-19 na China. Nesta quinta, 17, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também ficaram no radar de investidores. Um dos efeitos foi a valorização do dólar, que pressiona as cotações da commodity, que é cotada na moeda americana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em baixa de 4,62% (US$ 3,95), a US$ 81,64 o barril, enquanto o Brent para janeiro de 2023 negociado na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 3,32% (US$ 3,08), a US$ 89,78 o barril.

De acordo com levantamento da Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, pela sigla em inglês), a demanda global por petróleo subiu em setembro para o segundo nível mais alto do ano, estando acima do nível pré-pandemia. A preocupação com a demanda global vem sendo um drive recorrente do petróleo, segundo análise da Oanda.

Para analistas do Citi, os investidores não devem se manter otimistas, principalmente com as novas infecções da China. “A reabertura do comércio no país está enfraquecida, embora o governo ainda esteja relaxando algumas de suas medidas mais draconianas”. A situação de Covid na China também é mencionada como um aspecto para o valor do petróleo em análise da Oanda.

Ainda, de acordo com a consultoria, a commodity segue reagindo ao risco geopolítico causado pelo míssil que atingiu a fronteira da Polônia com a Ucrânia. “Sem uma escalada imediata na guerra na Ucrânia, podemos ver os comerciantes de energia se fixando no teto do preço do petróleo bruto russo, que vigora no início do próximo mês”, avalia.

A sessão também foi marcada por falas hawkish de dirigentes do Federal Reserve (Fed). Hoje, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, defendeu que as taxas de juros devem ser elevadas para a casa dos 5% a 5,25%. Já o membro do Conselho do Fed, Philip Jefferson, defendeu que a inflação baixa é “a chave para alcançar uma expansão longa e sustentada – uma economia que funciona para todos”.

*Com informações Dow Jones Newswires.