Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril recuou 1,45% (US$ 1,40), a US$ 95,04, enquanto o do Brent para maio baixou 1,89% (US$ 1,89) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 98,02.
Hoje, a Rússia indicou estar aberta a aceitar a possibilidade de um modelo de desmilitarização da Ucrânia que preserve o exército local e assegure status neutro em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo o Interfax. Além disso, uma reportagem do Financial Times informou que os dois lados trabalham em um plano de paz com essas propostas, mas há relatos de que os ucranianos rejeitaram a ideia de neutralidade.
Os preços do petróleo perderam quase todos os ganhos acumulados desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia há quase três semanas, e o Commerzbank avalia que as preocupações com uma redução substancial na oferta, que ainda prevaleciam até poucos dias atrás, parecem ter evaporado repentinamente. “Se a alta massiva do Brent para US$ 140 foi exagerada, sua queda também é agora”, aponta o banco alemão. Qualquer resolução pacífica da guerra ainda está longe, e as sanções contra a Rússia também devem permanecer em vigor por algum tempo, impedindo muitos consumidores de comprar petróleo russo, projeta.
A invasão da Ucrânia pela Rússia e as consequentes sanções impostas ao petróleo russo vão pesar na economia global e levar o mercado da commodity a uma situação de déficit, a menos que grandes produtores ampliem sua oferta, segundo avaliação da AIE. A agência estima que a guerra no Leste Europeu poderá fazer com que 3 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo da Rússia deixem os mercados globais a partir de abril.
Enquanto isso, os estoques de petróleo nos EUA subiram 4,345 milhões de barris, na semana encerrada em 11 de março, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam queda de 1,8 milhão.