O barril do petróleo WTI com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 3,63% (US$ 3,05), a US$ 80,86, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para o mês seguinte caiu 3,22% (US$ 2,73), a US$ 81,99, na Intercontinental Exchange (ICE).
“A principal pressão sobre os preços do petróleo vem da incerteza percebida em torno da reunião da Opep+”, avalia a Rystad Energy. A flexibilização externa à Opep+ dos produtores está aumentando, especialmente dos EUA, e tem gerado especulações de que, se a própria aliança não agregar oferta ao mercado, Washington, possivelmente em coordenação com outros governos, será forçada a conter a alta dos preços, liberando petróleo de reservas estratégicas, aponta a consultoria.
Na última semana, os EUA aumentaram sua pressão e pediram à Opep+ para liberar mais óleo no mercado além do aumento planejado de 400 mil barris por dia em dezembro de 2021. O TD Securities vê como improvável que a aliança concorde em “aumentar materialmente sua produção” agora que os preços caíram e dado que o mercado está projetado para ficar em superávit no próximo ano.
Os estoques de petróleo nos EUA avançaram 3,29 milhões de barris, a 434,102 milhões de barris, na semana encerrada em 29 de outubro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta menor, de 1,5 milhão de barris. Por sua vez, o TD Securities acredita que os avanços nos estoques podem ser apenas temporários, e, considerando as tendências de oferta e demanda, o banco espera que o petróleo siga em alta. Uma cotação de US$ 90 para o Brent nos próximos meses é cogitada, mas qualquer “narrativa negativa adicional pode muito bem trazer o Brent perto do suporte de US$ 80 no curto prazo”, projeta o TD Securities.