O petróleo WTI para setembro fechou em queda de 0,29% (-US$ 0,26), em US$ 90,50 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro caiu 0,35% (-US$ 0,34), a US$ 96,31 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos recuavam no início do dia, com a possibilidade de que o Irã retome o acordo multilateral para controlar e seu programa nuclear e, consequentemente, possa exportar mais óleo. A União Europeia apresentou um texto final para reviver o acordo de 2015, mas ainda não está claro se pode haver concordância com Teerã. No início da semana, negociadores do Irã demonstravam otimismo sobre as perspectivas.
Mais adiante, o sinal do mercado se inverteu, sustentado pela notícia de que uma companhia ucraniana parou de suprir petróleo russo por meio de um oleoduto para Hungria, República Checa e Eslováquia, em 4 de agosto, segundo um porta-voz da Transneft, estatal de transportes russa.
O impulso do óleo, porém, não se sustentou, com dúvidas sobre a demanda também no radar, em meio a discussões entre analistas sobre o risco de recessão global. A Oxford Economics cortou projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China neste ano, de 4,0% a 3,2%. A potência asiática é importante compradora global do óleo.
O TD Securities diz que as negociações com o Irã são um desafio “significativo” para os ganhos do petróleo. O banco de investimentos considera que um potencial acordo seria uma mudança importante no mercado, com a maior oferta. Com isso, acredita que os contratos continuarão a oscilar na faixa atual, à espera de notícias mais concretas sobre as negociações com o Irã.
O Danske Bank, por sua vez, diz que a questão é saber se EUA e União Europeia estão prontos a aceitar um acordo que poderia significar o retorno das exportações iranianas ao mercado global. O banco considera que uma decisão nesse tema pode surgir dentro de “semanas”.