Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para janeiro fechou em baixa de 0,53% (US$ 0,38), a US$ 71,29, enquanto o do Brent para o mês seguinte cedeu 1,01% (US$ 0,76), a US$ 74,39, na Intercontinental Exchange (ICE).
A confirmação do primeiro óbito provocado por infecção da variante Ômicron do coronavírus inspirou cautela nos mercados nesta segunda, com o petróleo, sensível à perspectiva para a atividade global, particularmente prejudicado.
Analista da CMC Markets, Michael Hewson pondera que investidores estão temerosos de que a rápida disseminação da cepa faça com que governos adotem mais restrições à mobilidade.
“Com a transmissibilidade sendo o principal fator para a adoção de bloqueios, particularmente em meio à política de ‘cobertura zero’ da China, ainda existem motivos válidos para preocupação”, avalia o TD Securities.
O banco canadense ressalta que o pessimismo de investidores superou uma avaliação majoritariamente positivo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em seu relatório mensal de dezembro.
O documento manteve a projeção para a alta da demanda global em 2021 e 2022. Já a previsão deste ano para a oferta fora do grupo subiu a 680 mil bpd, enquanto a do próprio cartel baixou a 3,64 milhões.
Para a Capital Economics, a Opep continua prometendo mais oferta do que pode entregar. “A produção do grupo subiu em novembro, mas mais uma vez ficou abaixo do previsto. Acreditamos que a Opep continuará a produzir menos que o estimado, mas ainda deve responder por uma grande parte do crescimento da produção mundial de petróleo no próximo ano, o que deve arrastar o petróleo Brent para cerca de US$ 60 por barril até o fim de 2022”, projeta a consultoria.