Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para setembro encerrou em baixa de 1,78%, ou US$ 1,72, a US$ 94,98, enquanto o do Brent para outubro cedeu 0,73%, ou US$ 0,73, a US$ 99,46, na Intercontinental Exchange (ICE).
O ativo energético começou o dia no azul, em meio a crescentes riscos de oferta. O novo corte no fornecimento da Rússia à Europa impulsionou fortemente os preços do gás natural, o que ajudou a sustentar demais commodities.
“O racionamento de gás na Europa parece cada vez mais provável”, disse o analista Stephen Innes, da SPI Asset Management, em nota pela manhã. “A Europa poderia potencialmente trocar gás por petróleo, o que está elevando os preços do Brent”, acrescentou.
No entanto, o petróleo virou para baixo depois da divulgação de indicadores americanos no final da manhã. Segundo o Conference Board, o índice de confiança do consumidor no país recuou de 98,4 em junho a 95,7 em julho, bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 97,0.
Já vendas de moradias usadas nos EUA registraram queda de 8,1% em junho, na comparação com maio, à taxa anual sazonalmente ajustada de 590 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Comércio do país.
À tarde, a Casa Branca informou que os EUA venderão mais 20 milhões de barris de sua reserva de petróleo, como parte dos esforços para conter a escalada dos preços. A notícia emperrou uma tentativa de recuperação do ativo.
De qualquer forma, o analista Edward Moya, da Oanda, prevê que a desvalorização do óleo será limitada. “Apesar dos riscos crescentes de uma recessão severa, o petróleo deve ter um forte suporte no nível de US$ 90 no curto prazo”, projeta.
*Com informações da Dow Jones Newswires