Segundo Rocelo Lopes, CEO da SmartPay Pagamentos Digitais, o Pix mostrou como é fácil a transferência de valores entre pessoas e que é possível pagar com QR Code, o que ajuda a explicar para quem não conhece como é o mundo cripto, sem intermediação bancária, por exemplo.
Da mesma forma, surgem oportunidades de novos negócios para desenvolvedores de aplicativos, no sentido de facilitar o investimento em criptomoedas.
“Se startups e jovens desenvolvedores criarem aplicativos e produtos tão fáceis como o Pix para o uso de cripto, isso nos dará uma vantagem enorme como brasileiros em relação a qualquer outro país”, afirmou Lopes.
Outro ponto de interseção entre o Pix e o universo cripto, como lembrou Safiri Felix, diretor de Produtos e Parcerias da Transfero, é exatamente quanto a CBDCs, as criptomoedas emitidas por bancos centrais. “CBDC tem grande futuro no Brasil. E a regulação traz mais segurança para os investidores”, disse.
Nessa questão de regulação, sempre polêmica, o painelista Lopes acredita que “ainda é cedo” de maneira geral, mas que alguns ativos precisam mais de regulação que outros, por exemplo, no caso dos tokens. “Em 20 minutos você consegue colocar qualquer ativo à venda na forma de um token, o que pode ser muito perigoso.”
Para Andre Franco, head de research do Mercado Bitcoin, falta estímulo ao ecossistema local, de modo que os empreendedores não sintam necessidade de recorrer necessariamente ao exterior para desenvolver negócios na área cripto. “Precisamos desse mercado aqui, há muitas oportunidades para empreender. É preciso ver cripto como investimento, não penas cotação”, concluiu.