De acordo com a IHS Markit, há sinais de estabilização da indústria no Brasil ao longo deste primeiro trimestre, entre eles, o maior patamar em oito meses atingido pela confiança nos negócios. Cerca de três em cada quatro entrevistados pelo levantamento preveem aumento na produção vinculado ao crescimento esperado em novos pedidos, lançamentos de novos produtos e expansão de fábricas.
Embora os novos pedidos tenham apurado a quinta queda consecutiva em fevereiro, devido a baixa demanda, o ritmo de redução foi o mais brando desde outubro do ano passado. O crescimento renovado das exportações aumentou pela terceira vez nos últimos quatro meses. Já a produção e o índice de emprego caíram apenas marginalmente no período, segundo a IHS.
O mês também apresentou sinais de normalização nas cadeias de suprimentos. Os prazos de entrega se alongaram na menor extensão em dois anos, além disso as taxas de inflação nos custos de insumos e o índice de preço de bens finais também mantiveram a trajetória de recuo.
Fevereiro marcou a décima primeira acumulação sucessiva de estoques de bens finais, mesmo que alguns fabricantes tenham usado estoques para ajudar a reduzir o índice de pedidos em atraso.
“Enquanto o setor industrial brasileiro continuou vendo as condições de negócios se deteriorarem em fevereiro, os dados mais recentes do PMI sugerem que há tempos melhores no horizonte”, afirma o diretor de Economia da IHS Markit, Andrew Harker.