Apesar da alta contínua, a CNC já vê moderação no crescimento, como resultado do aumento recente das taxas de juros.
“A alta recente dos juros reduziu a dinâmica da contratação de dívidas em outubro e fez o indicador capturar um acréscimo abaixo dos últimos meses, quando apresentava aumento, em média, de 1,5 ponto”, diz a nota divulgada nesta quinta pela CNC.
A Peic considera qualquer tipo de dívida e, portanto, o crescimento do endividamento não é necessariamente negativo. Pelo lado positivo dos dados de outubro, o porcentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,6% em outubro, 0,1 ponto acima do registrado no mês anterior e 0,5 ponto abaixo do apurado em outubro de 2020.
Já a parcela que declarou não ter condições de pagar contas ou dívidas – o que indica uma permanência na situação de inadimplência – passou de 10,3% em setembro para 10,1% em outubro. Na comparação com outubro de 2020, a alta é de 1,8 ponto.
“A inflação corrente elevada e disseminada tem deteriorado os orçamentos domésticos e diminuído o poder de compra das famílias, em especial as na faixa de menor renda. Os números demonstram os esforços em manter os compromissos financeiros em dia, com renegociação e melhor controle dos gastos”, diz outro trecho da nota da CNC.