Para atingir a paridade seria possível uma redução de R$ 0,64 por litro, informa a entidade.
O último reajuste no preço do diesel pela Petrobras – uma queda de 3,5% – começou a vigorar na última sexta-feira, 5.
A queda surpreendeu analistas, já que, uma semana antes, diretores da estatal disseram que ainda era cedo para alterar o preço, com o mercado global de combustíveis ainda apresentando grande volatilidade.
A empresa tem como política mudar os preços apenas quando houver uma mudança estrutural, e não apenas conjuntural.
O mercado de petróleo tem mostrado grande volatilidade, com altas e quedas seguidas, mas mantendo o preço da commodity abaixo dos US$ 100 o barril nos últimos dias .
Gasolina
A gasolina teve duas reduções consecutivas pela Petrobras no final de julho, totalizando um desconto de R$ 0,35 por litro nas refinarias da estatal. Nesta segunda-feira, o preço no mercado interno está 8% acima do praticado no Golfo do México, usado como referência pelos importadores, uma diferença de R$ 0,28 por litro.
O governo tem pressionado a empresa para que reduza o preço dos combustíveis. Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro elogiou a queda do diesel e disse esperar mais reduções por parte da Petrobras, que ainda domina o mercado de refino no Brasil.
A Acelen, controladora da refinaria de Mataripe, privatizada no final do ano passado e responsável por 14% do fornecimento de derivados no País, tem feito reajustes semanais da gasolina e do diesel, e, desta maneira, tem acompanhado a paridade internacional mais de perto do que a Petrobras. O preço da refinaria está apenas 5% acima da paridade internacional, tanto para o diesel quanto para a gasolina.
Na sexta-feira, a Acelen reduziu o diesel em 7,5% em alguns mercados, ficando em média com os preços abaixo dos praticados pela Petrobras. Já o preço da gasolina caiu 9%, também em alguns mercados, enquanto outros permaneceram estáveis.